NEGACIONISMO VIOLENTADOR

O negacionismo de Lopes da Mota é igual a outros negacionismos de que estes tempos portugueses têm sido preocupantemente pródigos. Negar semi-evidências e seguir em frente como se nada fosse é próprio de inúmeros agentes de esta legislatura. A legislatura mais sem semancol em 35 anos. No entanto, graças a um exercício de memória apoiado no arquivo de muitos jornais nacionais, entretanto reabertos e re-escrutinados, chega-se rapidamente à conclusão de que este espécimen político-judiciário é democraticamente perigoso e tarimbado no perigo. Predatoriamente, o seu historial fede a uma especial habilidade em 'fazê-las'. O caso 'Fátima Felgueiras' é apenas o mais paradigmático. Serve de símbolo que anula o negacionismo branqueador. Actualmente, parece ter mais poder, graças ao Eurojust, e a força de um mandato bem mais musculado e alargado, bem respaldado, pelo que se pressente, quer na PGR quer no Governo. Provavelmente, nesta altura, já Paes Faria e Vítor Magalhães terão a relatar que foram pressionados para se desdizerem quanto às pressões arquivacionistas de que foram alvo. Ainda bem para nós se resistem ao impressionante lóbi pressionador cuja mothership, segundo reza o CM, e sem surpresa, é o PS-Governo: «O presidente do Eurojust, Lopes da Mota, negou hoje em declarações à Lusa ter pressionado alguém enquanto magistrado ou ter sido pressionado pelo Governo no âmbito do processo Freeport. "Enquanto magistrado, não pressionei ninguém e também não fui pressionado por ninguém. Não fui pressionado pelo Governo, nem tive qualquer interferência por parte do Governo, e quero que isto fique muito claro e lamento que coisas sérias sejam tratadas desta forma", afirmou Lopes da Mota. "Enquanto magistrado, não pressionei ninguém e também não fui pressionado por ninguém. Não fui pressionado pelo Governo, nem tive qualquer interferência por parte do Governo, e quero que isto fique muito claro e lamento que coisas sérias sejam tratadas desta forma", afirmou Lopes da Mota.» Mas não fica nada claro, ainda para mais com a formulação "enquanto magistrado". Lá por dizer que não, fica válido que pelos frutos os conheceremos. E " enquanto militante PS"?

Comments

... said…
Vote: deveria haver um inquérito parlamentar?
http://aoutravarinhamagica.blogspot.com/2009/04/deveria-socrates-ser-alvo-de-um.html

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