SIGILOSA CORRUPÇÃO POLÍTICA

Não nos desviemos do combate à Corrupção com esta febre concorde do levantamento do sigilo bancário. Arriscámo-nos a que tudo não passe de fogo de vista e número de circo, montanha que vai parir um rato. A Corrupção em Portugal é o meio natural de todas as coisas políticas e dos negócios que só correm bem sugando o Estado e com o seu especial favor e por isso não faltam abastados da política em Portugal que nunca o seriam se não fosse ela. Esses são intocáveis e a Lei ri-se de nós enquanto nada faz com os Mesquitas Bilionários, espécies de Sadams locais com os seus filhos Udais igualmente playboys beneficiários da Política. O sigilo das contas bancárias, previsto na Constituição, e agora como fetiche de última hora para encher manchetes é um pequeno pormenor em face do cancro geral que está de boa saúde e recomenda-se. Os políticos magnatas, riquíssimos, abastadíssimos, a promiscuidade com o alto ou baixo empresariado, isso, sim, deveria colocar a gentinha do Parlamento a ganhar vergonha e a fazer o seu trabalho com urgência, a estranha urgência que só agora lhe vemos, sabe-se lá pressionado por quê e por quem nós somos e blogamos todos os dias por Verdade e por menos Injustiça e Impunidade quando olhamos para a nossa crescente miséria de que ninguém se apieda, bem pelo contrário, com a qual se comprazem com abjecta indiferença. Esses políticos que enriquecem com a política continuam a monte e salvaguardados pelo sistema de muros e protecções recíprocas proporcionados pelo Centrão (Núcleo Blindado de Corrupção a Todo o Vapor), no qual se destaca um certo PS neoliberal e sem ética, princípios, espírito de serviço, partido cuja voracidade, veja-se o caso de um Lello multitachistico ou mesmo de Mário Soares, grande abastado de ter sido político no activo, é proverbial e guinessbookiana. Os secretos barões do PSD e do PS continuam protegidos com as suas falcatruas milionárias, as suas vigarices impunes e isto envolve milhões e não o tecto arbitrário de cem mil euros. A Alta Corrupção Política em Portugal progride como um cancro e nada se faz de claro para a minorar e dissuadir porque quem tem poder e meios para eliminá-la não o fez, não o faz e agora segue atrás do BE no plano do sigilo, apenas para não esborratar uma foto horrenda de família e tentar salvar quatro anos completamente perdidos quanto a Verdade, mas não quanto à mais Nula e Torpe Propaganda do Zero e da Improvisação. E esse Poder não o faz para não prejudicar a sociedade secreta criminosa a que pertencem os amigos, uma malha alargada de gente partidária que muito contribuíu encobertamente para um mando sem Mérito e sem Ética, conforme é exemplo o sr. Impronunciável, o tal que sai sempre por cima, sempre protegido, sempre a salvo, o grande Mamão da Política e Demagógico Absoluto. A Corrupção Política ataca-se com menos retórica sobre Ética e mais coragem para medidas drásticas aplicadas imediatamente a todos os políticos escondidos ou explícitos em funções executivas, esses que determinam quanto querem que o Estado, que nos esmaga a nós, lhes pague a eles, esses políticos de décadas de Tetina no Estado: ou bem que o exemplo começa por cima ou não. A eliminação do sigilo das contas bancárias não ataca directamente o fenómeno da Corrupção Política, mas somente a fraude e evasão fiscal e mal, temos de perceber que os cortes em funcionários públicos decapita as possibilidades de eficiência e abrangência e só isto leva imenso tempo a operacionalizar. Os Tios, Sobrinhos e Primos da Política precisam de escrutínio apertado e directo, já! Tudo o que há a saber das contas bancárias em offshore dos políticos e familiares ou amigos Vara dos políticos com décadas de Amamentação no Estado com que se averigue a origem do dinheiro que serviu para a compra de apartamentos de luxo por valor inferior ao de outros iguais no mesmo edifício deve ser feito já. Em nome da Verdade e da Transparência deve-se deitar mão a todos os meios para provar toda e qualquer ilegalidade cometida pelos Políticos com décadas de Escola de Roubalheira e Falsificação de Processos. O PS é sempre o mesmo e procurará salvaguardar os seus. Fingimento e Aparência de Acção podem branquear-se com o aparente moralizar do clima, mas é tudo aparência e não sabemos se é chover no molhado no âmbito da luta contra a fraude e evasão fiscal. O que acontece normalmente é que se atinge e persegue os cidadãos anónimos porque o que falta é uma legislação expecífica para lutar contra a Corrupção Politica, na Administração Central e Local, nas EPs e nas PPPs. A Assembleia da República é lenta e dorme. Há décadas que não faz nada contra a Corrupção. Há décadas que não aprova legislação semelhante à que já existe nos países da Europa do Norte e sob recomendação da OCDE, onde são considerados desde logo como em risco de Corruptíveis e Corruptores todos os politicos que exercem funções ou que o fizeram e que deixam de exercê-las. As autoridades fiscais são desmesuradas contra os mais frágeis dos cidadãos e o ministério público é igualmente eficiente para com a pequena criminalidade, gerada pela Fome e pelo Desemprego, mas nada fazem para investigar ou fiscalizar as contas bancárias e o património móvel e imóvel de todos os politicos em funções no presente e quantos as assumiram nas décadas passadas. Manobras de diversão há muitas. Tretas de fingir e adiar há muitas. Flanar com mudanças e falar delas sem qualquer vontade de agir é o normal em Portugal, sobretudo tratando-se do velho PS de Mário Soares para o qual-partido nunca houve impossíveis, para o qual-partido a 'democracia' nunca passou de um pretexto e de uma porta aberta para todas as lógicas insondáveis de favorecimento e de enriquecimento exponencioal enquanto se debita paleio de esquerda com lágrimas de crocodilo e se choram tretas sociais sinceras da boca para fora: «O Governo aprovou hoje na generalidade uma proposta contendo medidas de derrogação do sigilo bancário e de penalização fiscal agravada do enriquecimento patrimonial injustificado de especial gravidade. [...] O diploma do BE que prevê o fim do sigilo bancário foi hoje aprovado com os votos daquele partido, do PS, PCP e PEV, a abstenção do PSD e do CDS-PP e o voto contra do deputado socialista Vítor Baptista. Na discussão dos diplomas o partido citou por diversas vezes o Presidente da República, Cavaco Silva, para desafiar os partidos da oposição a aprovarem o levantamento do sigilo em abono da "transparência e da verdade fiscal".»