A SOLUÇÃO FINAL DO PROBLEMA GREGO

Está encontrada. A Coca-Cola é quase maior, senão maior, que a Grécia e por isso poderia dar voluntariamente uma ajuda ao esforço fiscal grego. Todas as lojas McDonald's do planeta poderiam igualmente instituir um prato, um dia, um brinquedo, por caridade, percentagem solidária para com os sacrifícios gregos. As marcas de automóveis alemãs poderiam albergar um dispositivo que, incluído nos seus sistemas, revertesse todo para o esforço de dívida grego. Passe o absurdo, passemos ao absurdo. Solidariedade, europeus! Não é para os panascas, como o ministro das Finanças do Luxemburgo, Luc Frieden, e a cambada de alemães estúpidos, como Gunther Oettinger, pensarem punitivamente no problema das dívidas soberanas. Uma coisa são políticos, moços de fretes, danosos para um País, como é o caso de Alberto João Jardim, Vítor Constâncio, José Sócrates ou mesmo, admitamos, o último Cavaco primeiro-ministro, ex-bom aluno, antes das convulsões na Ponte 25 de Abril. Outra coisa bem diversa são os povos, coitados!, inscientes e crédulos, sem qualquer culpa de terem, em seu nome e à sua frente, como pseudo-escol, nada mais que um grupelho viscoso de pulhas oportunistas. Tal foi o azar dos portugueses, porventura o dos islandeses e o dos gregos, mas não tanto, talvez, o dos irlandeses. De solução final em solução final, os arrogantes do Norte, que não percebem de futebol nem de sol generoso, também não perdem pela demora quando o edifício europeu de que desdenham e a cuja humilhação se dedicam nos povos em pré-bancarrota, lhes cair com o triplo dos danos e das perdas, no colo austero, míope e mesquinho. Tanto mais que em Portugal, pelo menos, tudo se tem feito para não haver qualquer nódoa de descrédito e falsificação de resultados. Este é o tempo certo, não haverá outro!, de fazer o que é correcto e fazê-lo bem feito.

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