MEXIA, MAS JÁ NÃO MEXE COMO SOÍA. OU MEXE.

E no meio de todo este turbilhão em torno da sustentabilidade na Saúde e no Ensino — nova e urgente Índia a que rumar , ninguém se recorda de Mexia, coitado. É que tudo continuará como até aqui para ele e para os seus muito comentados prémios bilionários de produtividade. E continuará até melhor, tendo em conta a injecção de dinheiro fresco chinês, o que talvez se traduza numa transformação de escala. Ainda maior. Mais longe e mais alto. É que os novos órgãos sociais da eléctrica, do Conselho Geral e de Supervisão ao Conselho de Administração Executivo, para o triénio 2012-2014, serão revolucionados. Ou até não. António Mexia, por exemplo, poderá continuar como CEO, com Nuno Maria de Almeida Alves, João Manso Neto, António Pitta de Abreu, António Martins da Costa, João Marques da Cruz e Miguel Stilwell de Andrade; quanto ao Conselho Geral e de Supervisão, tem-se já como adquirido o nome de Eduardo Catroga como chairman. Já se sabe que o vice-presidente não executivo é Cao Guangjing, presidente da China Three Gorges, o novo maior accionista da EDP, que adquiriu uma posição de 21,35% na última fase de privatização ao Estado português. Mas há mais. Além dos três representantes da chinesa, além de representantes de outros accionistas, nomes como Celeste Cardona, Paulo Teixeira Pinto, Ilídio Pinho e Jorge Braga de Macedo. Em suma, Catroga está perdoado porque há dúzias de catrogas cada qual com a sua quota. As coisas são como são. Numa hora está-se a chorar lágrimas sinceras ao ver o estado em que Sócrates deixou o Estado e a perspectivar as coisas públicas entre o que é grave e o que são pentelhos, e, na outra hora, faz-se parte do grupo que mantém tudo mais ou menos na mesma, repetindo cromos e bonecos com décadas na primeira página da imprensa. Está bem assim e não poderia ser de outra maneira.

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