OMISSO CAVACO: PARA DESENCRAVAR 'ISTO' DA LAMA

«Sou eleitor e tento ser responsável. Desde que me colectei, e que sou profissional, pago os meus impostos até ao último cêntimo - e mais além. Jamais embarquei em aventuras "de crédito" que depois não pudesse pagar. Não uso cunhas e não trafico influências. E se algo me acontecer de mal, por minha culpa ou por culpa de outrem, terei de arcar com as devidas responsabilidades até ao fim, cumprindo a(s) lei(s) com escrúpulo  e sem ganir; a vida é assim. Só votei em Cavaco porque não queria ver o Bardo, a Trombeta da Madrugada, o Disparatado e Vermelho Alegre do "não pagamos" na Presidência. Nobre, o Nobre do "só não chego lá se me derem um tiro na cabeça" também não era opção saudável. Por isso quando ouço Cavaco a mastigar que "somos todos responsáveis" dá-me vontade de lhe telefonar um telegrama: de facto, todos não seremos de mais para desencravar 'isto' do lamaçal (nesse aspecto, devemos ser todos responsáveis); mas quanto à responsabilidade do atoleiro  essa não pode ser atirada pelo Presidente para cima de todos e de qualquer um. A “transparência”, tão querida na política, obrigaria Cavaco a descriminar. A parte que lhe cabe desde 1991, a ele-Cavaco, está sempre omissa dos seus discursos. Durante anos fez-se cercar no Governo, e depois "no Conselho", por indivíduos de conduta duvidosa. Não se deveria esperar um "mea culpa" inútil, mas pelo menos mais vergonha. Fustigar desnecessariamente o Governo a propósito da tal equidade  que nesta sociedade doente não é senão uma miragem  é um daqueles exercícios mais para poder dizer "eu avisei" do que para cumprir algo de verdadeiramente útil. A situação "explosiva" para que caminhamos "desde 2008" também não é compatível com toda a sorte de abébias que Cavaco deu a sócrates  jogando o jogo das conveniências políticas pessoais, e não dos verdadeiros interesses do País. É esta a convicção geral  muitos o dizem: "se sócrates tivesse saído antes, expulso por Cavaco, voltaria reforçado"; "se Cavaco tivesse sido mais claro e duro com o PS, mostraria o jogo cedo de mais e perderia a Presidência"; "se Cavaco tivesse agido em vez de beijocar velhinhas e de visitar quartéis de bombeiros, estaria a exceder os seus poderes constitucionais"; se, se, se, se; não é para "ses" que é eleito um Chefe de Estado. E também não é para "ses" que é eleita uma Assembleia, um Governo. Ora nisto andamos há décadas. A péssima e perfeitamente desnecessária intervenção pública "equitativa" de Cavaco foi totalmente vã e deu combustível ao labrego e desonesto PS, que doutro modo não saberia o que fazer ou dizer. A maior prova da indefinição perigosa das palavras da Presidência é serem facilmente aproveitadas e subvertidas em “directos” e em “diferidos” pelos canibais do PS e pelos lunáticos do PCP. Que comédia esta, bem à portuguesa com batatas salteadas; parece não haver maneira de escapar a este espectáculo lamentável a que se chama ‘política’.» Besta Imunda

Comments

floribundus said…
não adiantava demitir sócrates porque o reelegeram

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