DESPESAS DE GABINETE, DERRADEIRA DESVERGONHA

Estava na cara que o Governo de José Sócrates vivia pela imagem e pelo soundbyte. Gastava-se à fartazana e a começar pela profusão de rosas com que, consta, Sócrates atafulhava o seu apartamento, luxar eram um must. Desgovernava-se dependurados na sapiência rasca e rente ao pó das assessorias de imagem e nada mais: tornou-se lendário esse artesanato da comunicação e da ferocidade. E era uma arquitectura cara, uma tecnologia da trapaça reluzente e que culminou no Célebre Congresso Norte-Coreano. Imensos jantares em recantos de luxo exclusivos à pala do contribuinte, infinitos pequenos-almoços criativos a expensas do contribuinte, muita cabeça a trabalhar unicamente na forma de nos dar baile através dos media com a máxima eficácia e ir empurrando com a barriga o cerne dos problemas nacionais. Se os actuais ministérios têm agora de fornecer dados relativos a várias despesas dos diversos gabinetes governamentais, cartões de crédito, telefones,  pagamento de despesas de representação, subsídios de residência, cujos documentos foram solicitados pela Associação Sindical do Juízes Portugueses (ASJP), e que os anteriores governantes procuraram não fornecer, é bom que se apure a 'sensibilidade' socratista, a 'contenção' socialista-socratista, em ambas as legislaturas, e especialmente nas vésperas da intervenção externa. Vão ver que não havia pai para os abusos continuados. Vão ver que nada os detinha. Nada. 

Comments

Anonymous said…
Nem mais. Gostei.
André Miguel said…
Vai ser o bom e o bonito! Espero que não cedam e mostrem mesmo como funcionava o desgoverno. Haja esperança de um dia conhecermos a realidade da coisa.

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