NESTA SÁDICA HORA SADINA
Durante nove meses cruzei Setúbal duas vezes por semana, apenas para ficar ainda mais apaixonado pela cidade e com a triste e magoada impressão de destroços, ruínas e velharias a pontuar vastos locais do centro. Nada se restaura. Nada se conserva com zelo. Para onde foi o dinheiro, portugueses? O que fizemos das nossas cidades? O tempo e a incúria demolem os centros urbanos, mas a indiferença quase geral, esta morte lenta e traída bem portuguesa, só acorda e estremece em dias negros como este.
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