DESESPERO NO ENCLAVE DA RAPINA
Quero crer, embora com dificuldade, que uma coisa é o Partido Socialista e outra quem o usa ou usou para outros voos pessoalmente muito rentáveis, rapidamente rentáveis, enriquecendo ilicitamente, enquanto nós, cidadãos pobres de Portugal, naufragamos sem apelo nem agravo. Os derradeiros efeitos dessas garras em riste para outras rapinas associadas ao Poder sentimo-los bem hoje. Tais espécimens foram colocados muito além de nós mesmo pela obscura e suposta independência do Poder Judicial para todo o serviço: inacessíveis na sua intocabilidade de Aristocratas da Corrupção. Isto enquanto notícias fruto de exaustiva investigação documentam anos de sobejos lixos por desenterrar e esclarecer. Lello, Silva Pereira, Zorrinho, podem ser os homens de mão caninamente leais a quem quiserem, embora devam saber que certas lealdades sujam. Por isso tomar a peito as palavras definidoras com que Cavaco caracteriza Sócrates é fundir e confundir as coisas: o PS não pode ter nada a ver com a deslealdade do Freeport, com a deslealdade do conspirativo condicionamento mediático no Face Oculta, com a deslealdade rançosa da Licenciatura Falsificada, com a deslealdade anti-Portugal das múltiplas PPP urdidas criminosamente [porque esmagadoras do contribuinte agora, mais tarde e para sempre], com a deslealdade do caso Cova da Beira. Lealdade com o CEO pastante em Paris, personagem política principal de tanta lixeirada, não é, não pode ser, lealdade. Só pode ser burrice crassa.
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