MORTOS E ENGENDRADORES DE MORTE

A tese-artigo publicada na última semana de Fevereiro pelo Journal of Medical Ethics e que defende que deveria ser permitido matar um recém-nascido nos casos em que a legislação também permite o aborto vem paradoxalmente em auxílio de quantos consideram que, à luz dos avanços médicos e científicos, o aborto é um acto absolutamente criminoso, detestável e passível de rejeição nas sociedades eticamente avançadas. Nada, ninguém, nenhum processo, são entidades ou fenómenos acabados. Tudo, toda a gente nascida e por nascer, está repleto de potencial. Não se amputa o potencial porque ainda não é desempenho, eficácia, utilidade, eficiência, consciência de si. Não se castra o gérmen do trigo apenas porque ainda não é espiga. Quanto às ameaças de morte aos engendradores de estrume pseudo-científico, Francesca Minerva e Alberto Giubilini, acho mal. Não se deve ameaçar ou atentar contra a vida de ninguém. Nem dos que já deverão, pela certa, estar bem mortos com o seu «nazismo democrático» e as lógicas de extermínio se sujeitas a referendo e vencedoras.

Comments

floribundus said…
baseado no facto do feto não ter legitimidade legal já há muito se defendeu o infanticido
Miguel said…
Nem sei o que dizer...

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