POLACAS
Lembro-me como se fosse hoje. Aquelas moças de pele alva, pescoço desenhado a tinta da china, olhar esverdeado por trás das repas d'ouro, ancoravam o olhar implorativo no meu e ele detinha-se no delas até à embriaguez. Não. Devia ser impressão minha. Mas não podia enlouquecer. Passaram vinte e cinco anos. Eram polacas. Extremamente belas em tom angelical com o demónio rondando em ardor e tudo o que a pele prometia. Mas não podia enlouquecer.
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