A COBERTA DESTA NAU

A coberta desta nau
vaporosa
vai suja e não segura,
ele é cascas de noz,
pontas de charuto,
cascas de peras,
detritos de charcutaria trazida em papel.
Nesta coberta, onde firmam os meus pés,
três marceneiros de blusa, estacionam, indevidos, frente às ondas coleantes.
Ordeno e vão.
Capitaneio. Fosse também o tocador de harpa, esfarrapado,
descansando apoiado ao instrumento,
ouvindo de vez em quando
o barulho do carvão de terra na fornalha,
um som de voz, uma risada!
Circulo, na passarela,
caminho de um tambor para outro,
sem parar.

Comments

fdloribundus said…
tem mais que contar que a Catrineta

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