ENFIAR A TSU PELO ESQUIZOFRÉNICO CU

Os socratistas apontam, e com máxima violência, o dedo ao Governo Passos por supostamente não saber governar. É óbvio que não sabe governar no sentido em que, herdadas as contas-bomba, herdados os buracos, as desorçamentações e a dívida pública, fundamentalmente uma dívida pública colossal dos Governos Sócrates, seria divinamente impossível fazer melhor e humanamente insensato exigir mais. O Governo Passos começa higienicamente por não fazer uma coisa que os Governos Sócrates faziam: embora culpando o amadorismo criminoso das duas legislaturas anteriores, o Governo Passos não passa o tempo a culpar toda a gente, culpando Cavaco, toda a Oposição e toda a sociedade civil, culpando a crise Internacional, culpando a conjuntura adversa. É fácil governar ao sabor da crise, negá-la e escondê-la como Teixeira dos Santos que afinal assinou um Memorando onde Portugal se comprometia a uma redução de cinco biliões em três anos. Não deixa de ser escandaloso que os socratistas se mostrem surpreendidos porque tudo o que foi sendo feito para alcançar esse compromisso causou uma recessão na economia entre outras entorses previstas. A desorientação do PS é total. No PS, a esquizofrenia, depois de ser todo um modo de estar na Governação Fantasiosa, tornou-se igualmente um modo de estar na Oposição Alienada. A crise financeira internacional, depois crise das Dívidas Soberanas e agora crise da Moeda Única provam que a esquizofrenia socratista-socialista consistia em manter exactamente os mesmos vícios, o mesmo amiguismo, os mesmos negócios ruinosos e atirar as culpas para as deficiências das instituições europeias ou para a sede de poder, não dos gananciosos que o exerciam em Portugal aquando da chegada da Troyka, mas dos gananciosos que pretendiam encalacrar-se neste preciso abismo onde agora Passos se encontra. Esquizofrenia, portanto! Esquizofrenia quando os socratistas apodam estes governantes de «mal preparados», mas talvez não encontrem qualificativo para a má preparação crassa conducente à bancarrota. Esquizofrenia que se autojustifica e justifica o endividamento público exponencial em apenas cinco ou seis anos de retórica demagógica e rapacidade desbragada, mas alija para os jogos de casino de Wall Street toda a culpa. O sucesso de Portugal no cumprimento do programa de ajuda externa, já se sabia, custa-nos e custar-nos-á ainda mais sangue, suor e lágrimas. Quaisquer previsões, num ambiente europeu demasiado volátil, não colhem nem contam. Goste-se ou não, prefiro os elogios de Lagarde ao trabalho do Governo, prefiro o contentamento de Juncker pelo trabalho do Governo, prefiro o apoio dos porta-vozes da Comissão Europeia ao trabalho do Governo. Prefiro tudo isso à ausência covarde a banhos em que se ocultam os coveiros disto. Gente que insiste em que o FMI é historicamente desastroso, e que está agora a causar-nos miséria sem sequer conseguir reduzir a nossa nossa dívida, mas não assume que essa dívida muito alta foi contraída por si, cavalgada por si e se fez de quanto eleitoralismo e avidez controleira o País já viu. Esquizofrenia é, portanto, ter fomentado todos os excessos, repetidos, agravados. A única coisa que sossegaria essa cansativa retórica putrescente e cínica dos socratistas era serem objecto de prisão e se sentisse no ar um cheirinho a justiça, tendo em conta o que fizeram de ruinoso. Vamos sofrer, já estamos a sofrer de mais. Não chega arremessar tomates e ovos às ventas de quem gere a nossa ruína presente. A nossa ruína tem décadas e alimentou parasitas hoje escandalizados e radicais, como Mário Soares e a sua Rescendente Famosidade. Isto simplesmente enoja quem nada tem, como eu. 

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