O RABO ENTRE AS PERNAS DE HOLLANDE

Se o Expresso não mente, Hollande e o Governo de Jean-Marc Ayrault deverão sofrer em breve as mais diversas manifestações de repúdio, asco e horror, a começar por António José Seguro, ao ousarem, em nome da competitividade das empresas e para favorecer as exportações, baixar os custos do trabalho em França. Prevê-se a implementação de uma baixa dos encargos patronais de perto de 10 mil milhões de euros por ano, durante os próximos quatro anos, graças ao aumento da CSG (Contribuição Social Generalizada, a TSU em França), segundo o Le Monde. Também por ali se garantirá que os salários mais baixos ficarão de fora dos aumentos, sendo a classe média a atingida, aumentada que será a CSG para quem ganha mais de 2300 euros/mês. A França não tem [ainda] Troyka, não teve de submeter a uma Troyka medidas imprevistas como esta, antes de consultar os demais parceiros sociais, mas já antecipa todos os passos que troykados, como Portugal, e pré-troykados como Espanha, talvez não possam evitar. Cedo se percebeu que o Governo socialista de Hollande meteria rapidamente no saco a viola crescimentista e a viola das grandes rupturas com a austeridade imposta pela chancelerina Merkel: ele pode ter medo, mas não é ignorante nem desastrado. O objectivo é ajudar sectores em crise, como o da indústria automóvel local, e favorecer a criação de emprego, que é o que todos os fanáticos da TSU dizem. O que dirá a rua local e que fogos deflagrarão nas praças gaulesas?! Como actuará a concertação social local e até que ponto o empresariado francês levará a sua ignorância? Estes programas eleitorais da Direita, pá, com que os cavacos e os hollande, pá, ganham as presidenciais, são completamente manhosos. 

Comments

Floribundus said…
mr segolène tem aspecto e nome de Judeu
Daniel Santos said…
acima de 2300 euros é muito diferente de ser taxado ganhando o salário mínimo português. Só falava dizeres que era a favor de uma medida cega daquelas.

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