O ARREPENDIDO

Até há bem poucos meses, Freitas era uma espécie de Soares II: também via o Governo e a sua actuação técnica pelo lado sectário e conspirador, pelo lado impaciente da intervenção política no País. Era mais um a desejar a queda de um Executivo que seguia à risca o receituário do BCE, do FMI e de Berlim por interposta Comissão Europeia. Numa situação aflitiva, qualquer Governo se atrapalharia. Numa situação de Crise Aguda, qualquer Governo se afligiria e erraria. Não é o Governo que é mau, só. A situação nacional e europeia é que é terrível, com o nosso Ajustamento a fazer-se quando todos os outros países, ricos e menos ricos, intervencionados ou não, se retraem. Percebe-se que Freitas agora surja mais moderado, arrependido, precisamente quando os soares e os socratistas propugnam por sangue nas ruas, foices e facas em marcha, o inferno nas praças contra a Direita, os sebosos segundos ainda na esperança de um regresso berluscónico-sarkoziano do Abominável Homem-Merda, Sócrates. 

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