AMADO, UMA FACADA ALEGRE E VERBOSA

Entre os mais sornas resistentes dentro dos Governos Nauseabundos de José Sócrates, o mais recto, subtil e paradoxal crítico, bem demarcado dessa espécie de coisa ululante vagamente governamental, foi o ministro Luís Filipe Marques Amado. Dele provinham as mais cómicas facadas e mais certeiras à lógica aclamativa, onanista e artificialóide, incrustada na pose desde logo pacóvia do desgraçado Primeiro-Ministro. Em boa e natural hora assentiu em estar presente na Universidade de Verão do PSD para reacção desbocada de Ana Gomes e alarve alarvidade de Alegre. Corre no PS um ressentimento subliminar pelos danos na imagem do partido e sensação de falcatrua nessa fase de Poder, pois quase ninguém se enche de brios a proteger ou defender o Ocioso Parisense do suposto assassinato de carácter. Qualquer amante da liberdade e da verdade viu na perda da maioria e na demissão do Feirante Fingido um acto de libertação como outros ao longo da História. Amado pensa com liberdade e autonomia e foi dizer de sua cabeça o óbvio. Não defendeu o PEC IV, pois essa narrativa nostálgica é exclusiva da orfandade mal fodida socratista. Não veio asseverar que o que sofremos hoje é exclusivamente por obra e graça da sanha troyco-seguidista e cortante do Governo Passos. Amado não foi lá defender os Executivos de Sócrates que assassinaram as contas públicas e usaram as políticas sociais como arma eleitoral insustentável, coisa que se dá hoje para tirar amanhã, uma vez que mais tempo no Poder significaria mais comissões e dinheiros subterrâneos em negócios assassinos dos interesses gerais. O facto de Amado comparecer ali, sereno, numa crítica justa ao comportamento macropolítico deste Governo não deixa de ser uma gritante recusa do passado de que fez parte. Daí que também ele seja dos que sabem perfeitamente normal o asco nacional, crescente, à medida que se sofre na pele o circo optimista do passado, que um videirinho oportunista, repleto de egolatria e cupidez, se conserve impávido e próspero com dinheiro inexplicável e um nível de luxo que nos ofende directamente. Foram cinco anos de pulhices, com políticas e retóricas pulhas que redundaram no enriquecimento ilícito e directo de José Sócrates. Amado sabe-o bem. Não pode defender esse cretino. Alguém que à pala da governação enriquece dessa maneira mete gente equivalente, como Dias Loureiro e Oliveira e Costa, no pequeno bolso de trás e não é camarada senão de si mesmo, do seu luxo, do seu vaidoso e perpétuo autocunilinguus. Amado, tal como Carrilho, Henrique Neto, não perde uma oportunidade de confirmar olhos nos olhos o quanto despreza os que envergonham e degradam o Regime com roubos de igreja às escancaras e sem qualquer pudor.

Comments

Anonymous said…
O Sócrates está farto de se rir, soube que te foderam.
Vai trabalhar de trolha que tens bom corpo, vai-te foder.
Não te esqueças da aspirina.

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