MÁ MOEDA CAVACO E MÁ MOEDA SÓCRATES

Torna-se-nos impossível olhar para Cavaco e absolvê-lo do trajecto maligno próprio [por conivência] e do de Sócrates. Não há discursos nem emoções que o resgatem desses anos sacanas que prepararam e justificam este ano de saque instituído: basta considerarmos, porque há mais morte para lá da economia, a malignidade consentida ao manter o actual Anti-Procurador da República, Pinto Monteiro. Agora Cavaco só dizer ou deixar implícito para aguentarmos unidos a exigência e o rigor de exemplar extorquidos e bodes expiatórios exemplares. Não há Esquerda norte-coreana portuguesa que resista à necessidade de uma vida inteiramente nova, uma forma de consumo inteiramente orientada para o que é nosso e uma frugalidade de viver segundo as nossas possibilidades objectivas. 

Comments

Anonymous said…
Sou eleitor e tento ser responsável. Desde que me colectei, e que sou profissional, pago os meus impostos até ao último cêntimo - e mais além. Jamais embarquei em aventuras "de crédito" que depois não pudesse pagar. Não uso cunhas e não trafico influências. E se algo me acontecer de mal, por minha culpa ou por culpa de outrem, terei de arcar com as devidas responsabilidades até ao fim, cumprindo a(s) lei(s) com escrúpulo - e sem ganir; a vida é assim. Só votei em Cavaco porque não queria ver o Bardo, a Trombeta da Madrugada, o Disparatado e Vermelho Alegre do "não pagamos" na Presidência. Nobre, o Nobre do "só não chego lá se me derem um tiro na cabeça" também não era opção saudável. Por isso quando ouço Cavaco a mastigar que "somos todos responsáveis" dá-me vontade de lhe telefonar um telegrama: de facto, todos não seremos demais para desencravar 'isto' do lamaçal (nesse aspecto, devemos ser todos responsáveis); mas quanto à responsabilidade do atoleiro - essa - não pode ser atirada pelo Presidente para cima de todos e de qualquer um. A “transparência”, tão querida na política, obrigaria Cavaco a descriminar. A parte que lhe cabe desde 1991, a ele-Cavaco, está sempre omissa dos seus discursos. Durante anos fez-se cercar no Governo, e depois "no Conselho", por indivíduos de conduta duvidosa. Não se deveria esperar um "mea culpa" inútil, mas pelo menos mais vergonha. Fustigar desnecessariamente o Governo a propósito da tal equidade - que nesta sociedade doente não é senão uma miragem - é um daqueles exercícios mais para poder dizer "eu avisei" do que para cumprir algo de verdadeiramente útil. A situação "explosiva" para que caminhamos "desde 2008" também não é compatível com toda a sorte de abébias que Cavaco deu a sócrates - jogando o jogo das conveniências políticas pessoais, e não dos verdadeiros interesses do País.
É esta a convicção geral - muitos o dizem: "se sócrates tivesse saído antes, expulso por Cavaco, voltaria reforçado"; "se Cavaco tivesse sido mais claro e duro com o PS, mostraria o jogo cedo demais e perderia a Presidência"; "se Cavaco tivesse agido em vez de beijocar velhinhas e de visitar quartéis de bombeiros, estaria a exceder os seus poderes constitucionais"; se, se, se, se; não é para "ses" que é eleito um Chefe de Estado. E também não é para "ses" que é eleita uma Assembleia, um Governo. Ora nisto andamos há décadas. A péssima e perfeitamente desnecessária intervenção pública "equitativa" de Cavaco foi totalmente vã e deu combustível ao labrego e desonesto PS, que doutro modo não saberia o que fazer ou dizer. A maior prova da indefinição perigosa das palavras da Presidência é serem facilmente aproveitadas e subvertidas em “directos” e em “diferidos” pelos canibais do PS e pelos lunáticos do PCP. Que comédia esta, bem à portuguesa com batatas salteadas; parece não haver maneira de escapar a este espectáculo lamentável a que se chama ‘política’.

Ass.: Besta Imunda
Anonymous said…
É mesmo, só falta mudaro Procurador Geral da República para ilibar definitivamente os amigalhaços. Dias Loureiro pode mesmo voltar ao Governo.
floribundus said…
isto é uma revolução socialista
onde jornalistas não eleitos nos oprimem com notícias enviadas do largo dos ratos.

tudo o mais é 'conversa para boi dormir'

em politica 'mudar de moleiro nem sempre é mudar de ladrão'. estão por todo o lado

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