UM PAÍS QUE MIJA «FORA DO PENICO DA UNIÃO»

Há que fazer uma vénia ao rei da crónica em Portugal por este texto absolutamente suculento em relação ao dislate intrusivo schulziano: «O sr. Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, basicamente disse: Portugal não é Bélgica (ou a Áustria, ou a Dinamarca...) É o raio de um país com dez milhões de habitantes  por aí, um simples Luxemburgo engordado - mas com uma pegada impressa no mundo que só encontra rival europeu em França, Espanha e Inglaterra. Compreende-se que isso enerve um alemão. Daí que, quando Schulz apela ao patriotismo europeu  sublinhando, justamente, a junção do progresso económico e os direitos dos povos , se lembre de trazer Portugal para a liça. Porque nestes tempos de profunda crise europeia na economia e nuvens ameaçadoras sobre os direitos, incomoda que o pequeno país que é Portugal queira  pior, possa  mijar fora do penico da União. Que tropas francesas intervenham por um dos candidatos presidenciais na Costa de Marfim ou Angela Merkel leve a Siemens ao colo até à chinesa Guangzhou é próprio das grandes potências. Já o minorca Portugal ir negociar para Luanda atrapalha a coesão europeia.» Ferreira Fernandes

Comments

André Miguel said…
Grande tirada! Acerta em cheio.
Anonymous said…
"É verdade que a UE não tem de interferir na política externa dos seus países membros. Mas não é menos verdade que Schultz está carregadíssimo de razão e este episódio só confirma o que tenho dito: a União Europeia pode ter muitos defeitos, mas se dela não fizéssemos parte, a elite tuga (não merece o título de portuguesa) já tinha levado isto tudo para as Áfricas e para os Brasis, fazendo de Portugal um Afrogal, se pudesse até colocava cargas explosivas ao longo da fronteira com Espanha para que o território português se desligasse do continente europeu e fosse a boiar até ao sul africano ou brasileiro, qual jangada de pedra cada vez mais quente e fétida.
Não restam dúvidas, bem entendido, de que a elite é essencialmente a mesma em todo o Ocidente - cosmopolitista, inimiga das Nações, visceralmente apátrida, pária de todo, anti-raça, anti-estirpe, contrária por isso à salvaguarda das identidades europeias. Todavia há variantes no seio desta espécie de «classe» sócio-cultural, e a da Tugalândia, mercê do seu condicionalismo histórico, aproxima-se ainda mais de África e do Brasil que a de outros países europeus (não todos). Em comparação com a nossa elite, a UE é por isso menos nociva ao carácter europeu do País, quanto mais não seja porque puxa para o lado da Europa em vez de para o Brasil e para África. Além deste caso de agora, outro bom exemplo disto mesmo foi o relativamente recente episódio em que o conselho que Passos Coelho teve o ofensivo descaramento de dar aos jovens portugueses, o da emigração para o Brasil e para as ex-colónias portuguesas, foi frontalmente contestado por um comissário europeu que veio a terreno afirmar que é mau para a Europa que os jovens europeus emigrarem psra Angola e Moçambique (disse mesmo estes nomes, de chapa)."

http://gladio.blogspot.com/2012/02/elite-tuga-quer-angolizar-portugal.html

Tudo dito.

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