RIDÍCULO, POMPOSO, DESBOCADO

Em Portugal, os que semeiam crispação e estigmatizam classes profissionais a eito, sem critério, com ligeireza e profunda injustiça podem até colher o aplauso rápido da populaça, mas não colhem senão o ridículo entre quem pensa e cura do País. Depois do Governo Sócrates com os injustificados detritos morais lançados sobre professores e juízes ou o esmagamento salarial de enfermeiros, Marinho Pinto tem sido outra voz a criar fricções estéreis entre os variadíssimos agentes da Justiça tentando tirar partido de sentenças para julgar sumariamente classes, os Polícias, os Advogados. No mínimo, este Bastonário deveria ser submetido a eleições urgentes já que não se manca, aliás na lógica dos desmandos socratinescos pelos quais nunca, mas nunca niguém igualmente se manca: «"Mas houve alguma condenação por tortura?". Perplexo, o director nacional da Polícia Judiciária, Almeida Rodrigues, reage assim à polémica acusação do bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, no âmbito do caso Joana. Após a condenação dos inspectores, o bastonário afirmou-se "satisfeito" por se ter "comprovado o que se temia": "que há tortura nas instalações da PJ". Sem mais, Almeida Rodrigues disse ao i que o bastonário tem "um estilo próprio e já ninguém o leva a sério".»

Comments

antonio ganhão said…
Estilo à parte, o homem tem ou não razão?
joshua said…
Não, antónio, não ««António Marinho Pinto está para o PS de Sócrates como o estão Vitalino Canas, Augusto Santos Silva ou Pedro Silva Pereira. É um indefectível. Tal como Sócrates, Marinho Pinto vê em tudo o que o prejudica uma urdidura de travestis do trabalho informativo. Tal como Sócrates, o Bastonário dos Advogados vê insultos nos factos com que é confrontado. E reage em disparatado ultraje e descontrolo, indigno de quem tem funções públicas. Marinho Pinto na TVI foi tão sectário como Vitalino Canas ou Santos Silva e conseguiu o prodígio de ser mais grosseiro numa entrevista do que Sócrates foi na RTP e Pedro Silva Pereira na SIC. É obra. Marinho Pinto não tem atenuantes. Não trabalhou no Ministério do Ambiente de Sócrates e, que se saiba, não faz parte do seu núcleo duro. É pois de supor que não esteja vinculado ao voto de obediência cega que tem levado os mais próximos de Sócrates à defesa do indefensável, à justificação do injustificável e a encontrar razão no irracional. Não tendo atenuantes, Marinho Pinto tem agravantes. O Estado de direito delegou na Ordem dos Advogados importantes competências reguladoras de um exercício fundamental para a sociedade. O Bastonário tem que as exercer garantindo uma série de valores que lhe foram confiados pelos seus pares. O comportamento público do Bastonário sugere que ele está a cumprir uma bizarra agenda pessoal com um registo de regularidade na defesa apaixonada de José Sócrates e do PS. O que provavelmente provocou em Marinho Pinto o seu lamentável paroxismo esbracejante em directo foi a dura comparação entre as suas denúncias sobre crimes de advogados e os denunciantes do Freeport. Se a denúncia de irregularidades na administração de bens públicos é um dever, a atoarda não concretizada é indigna. O que o Bastonário da Ordem dos Advogados disse sobre o envolvimento dos seus pares nos crimes dos seus constituintes é o equivalente aos desabafos ébrios tipo: "são todos uns ladrões" ou "carrada de gatunos". Elaborações interessantes e de bom-tom, se proferidas meio deitado num balcão de mármore entre torresmos e copos de três. Presumo que a Ordem dos Advogados não seja isso. Nem sirva de câmara de eco às teorias esotéricas do Bastonário de que a Casa Pia foi uma Cabala para decapitar o PS ou que o Freeport é uma urdidura politico-judicial-jornalistica. Se num caso, um asilo do Estado com crianças abusadas fala por si, no outro, um mega centro comercial paredes-meias com a Rede Natura, tem uma sonoridade tão estridente como o grito de flamingos desalojados. A imagem que deu na TVI foi de um homem vítima de si próprio, dos seus excessos, do seu voluntarismo, das suas inseguranças e das suas incompetências. Marinho Pinto tentou mostrar que era o carrasco do mensageiro que tão más notícias tem trazido a José Sócrates. Fê-lo vociferando uma caterva de insultos como se tivesse a procuração bastante passada pelo Primeiro Ministro para desencorajar e punir este jornalismo de pesquisa e denúncia que tantas e embaraçosas vezes tem andado à frente do inquérito judicial. E a verdade é que sem o jornalismo da TVI não havia "caso Freeport" e acabar com Manuela Moura Guedes não o vai fazer desaparecer.» Mário Crespo, JN»
Anonymous said…
JOSHUA EU CONCORDO COM O QUE DISSE EM MUITOS PONTOS, MAS CRITICAR A CONSTRUÇÃO DO FREEPORT É UM ERRO, O CENTRO COMERCIAL SÓ VEIO VALORIZAR AQUELA ZONA QUE AO CONTRARIO DO QUE VOCÊ DIZ, NÃO HAVIA FLAMINGOS MAS SIM UMA LIXEIRA QUE ERA UMA ANTIGA FÁBRICA DE PNEUS ABANDONADA.ESTE MEU COMENTÁRIO NÃO TEM NADA A VER COM O DINHEIRO QUE PRIMEIRO MINISTRO POSSA TER RECEBIDO, QUANTO AO BASTONÁRIO E A JORNALISTA, FAZEM FALTA PARA ABANAR COM O SISTEMA, EM QUE NINGUÉM SE ATACA UNS AOS OUTROS, PORQUE TODOS TEM RABOS DE PALHA.

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