PALHACIFICAÇÃO DE SANTANA

A vinculação servil de Lisboa aos ditames unilaterais da Maioria Oligopolista de ultradireita que nos sopeou durante quatro anos e meio é um dos principais traços de Costa, o ultracoligado, não vá o diabo tecê-las. Ele, grande amigo da Liscont, dos contratos oclusos, onerosos ao Estado; ele, o da cedência institucional da frente ribeirinha e da obediência a todos os interesses obesos instalados, está preparado para ganhar Lisboa, mais dança menos dança, mais sapo menos sapo, com Helena Roseta perfeitamente absorvida e em silêncio conivente, diluída depois de tanta veemência e programa. Mas ganhará sobretudo pela conspiração silenciosa, feita de rumor e menoscabo, que enreda a figura de Santana, realmente um saco de pancada perfeito e um alvo sentado para toda essa psoríase preconceituosa de Esquerda, na verdade, uma enorme Direita, mal se apanha com dinheiros públicos e se entretece com os MegaPrivados que o tenham, o tal o pilim. Santana é o grande desvalorizado que os media e o poder socialista bem implantado na Capital criaram e amplificaram. Mas nem Costa se livra de santanices como a do Bibikas. Por mais que disfarce, Costa é tão Santana como esse Santana ridicularizado e palhacificado, posto a circular pelo mecanismo de rumor que assassina caracteres. A bincar a brincar, Costa pode ser ainda mais Santana que esse Santana propalado, grotesco, que circula deformado de lés a lés: «Até aí nada de notável haveria, não fossem as perplexidades que a decisão encerra, sobretudo no quadro de crise financeira da CML, e sobre as quais o gabinete de António Costa, contactado pelo PÚBLICO, entendeu não dar qualquer explicação.»

Comments

antonio ganhão said…
É curioso que aqui a irreverência se faça à direita. Santana aparece a incomodar os interesses instalados, mesmo os da oposição como o caso de Helena Roseta.

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