SOB AGRESSÃO POLÍTICA E SOCIAL

Quatro anos e meio visados pelo Estado, agredidos e comprimidos, os professores portugueses viram-se atirados para a irrelevância, porventura na mesma proporção com que corruptos saem impunes e reeleitos com um sorriso velhaco na face resplandecente. Foi, para além de algumas boas medidas pontuais, um extenso massacre moral a uma carreira, com mortos reais sob estresse cavalar, com vítimas concretas, com abandono massivo e precoce da docência por parte de milhares. Com perseguição popular à mistura, dado o vazadouro de ressentimento que o XVII Governo Constitucional desonesta e laboriosamente promoveu. No terreno, porém, é a fome e o aperto dos que são desposicionados a centenas de quilómetros das suas famílias a fim de conservarem intactas aspirações; é a violência impune de alunos com trânsito escolar ultragarantido, façam o que fizerem, sendo o professor somente esse detalhe que se dobra ou remove pela força redentora dos índices e estatísticas que é preciso ostentar. No País em que a impunidade do delinquente e a punição do polícia são sagradas não poderia ser diferente com os professores. E não é. Se Portugal não ama, preza ou respeita os seus docentes, terá um belo futuro entre os vermes, os bichos decompositores de cadáveres, pois as Nações também morrem com pequenos nadas como essas políticas alarves. Ser feliz na docência hoje começa a ser quimera ou sorte: «As linhas SOS Professor e Alunos e Famílias (para casos de bullying) cessaram a sua actividade, mantendo-se, no entanto, o apoio a docentes, alunos, famílias e escolas: Espaço Convivência nas Escolas, através dos e-mails sosprofessor@anprofessores.pt e bulialuno@anprofessores.pt e do número 96 1333059.»

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