COBRIDORES

A Europa está irrespirável. Quando parecia que tudo iria pelo melhor dos mundos possíveis, no respeito pelas especificidades culturais e regionais, deflagra a crise das dívidas soberanas antecedida pela crise do subprime e agora, caídas todas as máscaras, cada país se confronta com o preconceito alheio que melhor o define ou indefine. Os colonatos de alemães e ingleses no sul europeu, em Espanha e Portugal, não parecem ressentir-se desse apartheid novo, Norte-Sul, devolvido com ressabiamento e queixume Sul-Norte. O Algarve caminha a passos largos para a desportugalização, senão política, pelo menos familiar e demográfica, sem falar na quantidade de reformados no Norte Europeu com a sua quinta ou monte alentejanos de lei, o mesmo se passando em certos nichos espanhóis no sul só para alemães e só para ingleses. Teríamos moral se, espanhóis, gregos e portugueses, não tivéssemos consentido em Governos incompetentes, eleitoraleiros, qual deles o mais desonesto e rapace. Agora é tempo de fazer por não ser manada, no voto e na exigência de seriedade, submetidos a inevitabilidades do tipo 'para várias éguas, um só cobridor'.

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