SOARES, OU ABCESSO OU ABSURDO SEM LIMITES

Desconheço qual o particular gozo que Soares extrai em fazer figuras tristes. Mas percebo que não domine línguas, não perceba de economia, não entenda que o seu exemplo no exercício dos cargos e nas manobras por detrás dos cargos foi mau de mais, absolutamente trágico para o País. Percebo que os danos da sua passagem podem ter sido os piores possíveis, que o seu Abcesso de Ego tal como o seu Abcesso de Avidez, para não falar no seu Abcesso de Moralismo Paternal sempre a pairar como um Corvo aquém da Realidade, como acontece mumificadamente a Cavaco, fez escola, infelizmente, e até houve um filho da puta dela-escola ainda mais ávido que ele, ainda mais desmesurado que ele, ainda mais catastrófico para o Erário que ele, ainda mais fajuto na retórica demagógica e mentirosa que ele, ainda mais grotesco e avassalador e execrável nas facturas deixadas a nós e aos nossos filhos, em suma ainda mais exilado parisiense que ele e, ainda por cima, com o apoio expresso e a cumplicidade dele-Sibila Soares. Pode Soares ter milhares de polícias a guardá-lhe o perímetro ou a endossar-nos multas por excesso de velocidade quando o apanham em trânsito para administrar a sua sacratíssima Hóstia de Esquerda, o seu Valioso e Sinceríssimo Viático de Esquerda; pode Soares dar as entrevistas que quiser: o balanço da sua forma peculiar de tentar ser Rainha Mãe em Portugal e o balanço do desastre do seu partido no exercício do Poder não poderiam ser mais trágicos e dizem o suficiente para o nosso remorder de dentes ao pensar nesta cicatriz chamada Partido Socialista, que os Portugueses têm bem gravada no fundo das suas mentes por cada filho emigrado, por cada novo desempregado, por cada esfomeado imprevisto, por cada enganado de optimismo, por cada esganado de realidade, com salários em atraso e precariedade endémica, pela impunidade geral dos anafados do partido. Também tem Soares direito aos seus disparates, desde que ninguém lhes dê importância, tal o tumulto interior, tal a contradição com os factos das anteriores governações, tal a imoralidade de valorá-los como viciosamente os media ainda valoram, pitonisa obrigatória do Regime e da sua putrescência. Porque só soube rapar e dar-se ao vício da grande afilhadagem política dos cargos, das benesses e das sinecuras, na grande corte de afilhados regimentais espalhados, como esporos, pelo Aparelho de Estado, sabemos que Soares não tem limites. Abcesso ou Absurdo, Soares não tem limites. Tal como a austeridade que os Alemães na activa e os Gregos na passiva quiserem. A propósito, é a CIA, e não Soares, a madre-pai da democracia portuguesa. Sem dinheiro, não há princípios. Com dinheiro, também não.

Comments

Anonymous said…
Eu era só p'ra dizer, ou relembrar: como é já histórico, Mário Soares era o homem dos americanos, que o mesmo é dizer dos da CIA que aqui manobravam contra o quase autocrata Cunhal. Portanto, e digo-o com ironia (a explicação não é dirigida aos inteligentes, como é óbvio)esta democracia de xaxa, passe o termo, é de algum modo muito dele.Será isso que explica ser uma coisa muito chilra, ou se preferem chula, com o devido respeito? A História vai ser dura para com o homem de Nafarros...
Puto de Oeiras

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