OS ELEITORES FOGEM DO BLOCO COMO O DIABO

...foge da cruz. O Orçamento para 2013 é monstruoso, um risco, uma caminhada temível no arame. No entanto, é tudo o que temos. Única rocha de acção até à morte. Única esperança de um longo caminho estreito. Até hoje nenhuma eleição mandatou o Bloco para mais que um resíduo de legitimidade parlamentar e mediática. Sendo minoria, sendo sistematicamente uma minoria, não pode comportar-se como uma maioria. Rasuras à democracia imperfeita que temos por cá só aparecem na boca de gente que se arroga ou independente ou senadora, com anos de tarimba politiqueira embora sem obra que se veja. Olha-se para Pacheco Pereira, Mário Soares, Manuela Ferreira Leite e o que vemos e lemos é excesso de verbo e excessos no verbo. Um verbo estranhamente acirrado pelo que também os espera na redução de rendimentos que nunca os contemplou. Um verbo demasiado excessivo para nos ser solidário. Eu não vejo solidariedade em lado nenhum. Os que têm acesso às TV, gente do Regime, gente das coisas que estão como estão muito bem para os que lá estão, esses estrebucham com hipérboles e requintes retóricos. Os outros, nós, em silêncio humilhado, já sabemos como será. O sofrimento tem destino, palco e público. Até que nos fartemos.

Comments

Grego said…
...até que nos fartemos, e mandemos este governo à merda!
bibónorte said…
Até que nos fartemos.

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