TODOS SOMOS ARISTIDES

Trinta mil salvo-condutos para a vida.
Parece que afinal há futuro para a Casa do Passal no sentido de fazer justiça a um homem excepcional num momento excepcional, onde desobedecer salvou 30 mil vidas ao contrário da ficcção obscena em que se converteu a vida de Giovanni Palatucci, um colaboracionista ao serviço dos nazis depois beatificado e reescrito como amigo dos Judeus. Somos todos Aristides e somos muitos Aristides: castigados por fazer o que está certo e é justo, ignorados por décadas, injustamente despromovidos, desempregados, esquecidos, votados à miséria e ao aviltamento. Ali, em Cabanas de Viriato, uma casa restaurada, um memorial, uma ponte entre o Passado e o Futuro. Trata-se de dar dignidade ao verdadeiro heroísmo humanista de um homem corajoso, convicto, movido pelo Espírito. Finalmente!

Comments

Floribundus said…
parece ser uma história muito mal contada.
uma espécie de santa catarina eufémia na versão judaica
Vivendi said…
Nem mais Floribundus.

E ele acabou na pobreza porque quis. Pois foi afastado com direito a 1 ano de meio ordenado e depois aposentado.

Circula na net:

Bem, dito isto, volto a ideia do Sr. Aristide Sousa Mendes (ASM) e partilho com vós esta rápida conferencia de um professor de estudos mediterrâneos e Meios-Orientais (Neill Lochery) feita em 2011 em Londres.

Esta rápida conferencia dura ½ hora e sobrevoa o caso geral dos refugiados judeus em Portugal entre 1940 a 1942.

http://transcriptvids.com/v/Kr9sdiZOCQc.html

Há por baixo da página, uma transcrição que, julgo eu, pode ser traduzida automaticamente com a Google.

Obviamente, ASM é citado. E obviamente, o “Nosso Salazar” também.

Indico desde já os 6 factos que se destaquem :

1) Foram 43.540 refugiados em transito em Portugal durante a segunda guerra mundial.

2) Não foram 30.000 Visas produzidos em Bordéus mas 2.862.

3) Em 1940, quando ASM estava em funções, as embaixadas inglesas e americanas em Lisboa, eram sub-dimensionadas e não podiam tratar o fluxo de refugiados que vinham do Norte. Com isso, havia um numero limitadíssimo de meios logísticos para transportar refugiados de Portugal para Inglaterra e Estados-Unidos.
Por isso, tem que se ter em mente que por dentro do contexto com o qual as autoridades portugueses tiverem que lidar, havia as dificuldades de sincronização para poderem recepcionar o fluxo de refugiados em condições normais de segurança e de saúde. Por isso então, e não outra razão, houve vontade de travar o fluxo. Por isso outra vez, foram tomadas medidas expeditivas com ASM.

4) A Espanha de Franco, duvidosa sobre a sua posição perante o Eixo, teimava que os alemães entrassem no território para perseguir os refugiados em transito para Portugal. Por isso, os comboios que entravam desde França para Espanha, só tinham uma paragem : depois da fronteira portuguesa. Franco em pessoa, pressionou Salazar para que assim seja.

5) A embaixada inglesa em Bordéus mandou protestos ao Foreign Office que fez seguir ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, por causa de um pedido de pagamento feito a um cidadão inglês para a produção de um Visa pelo cônsul ASM.

6) No minuto 26:56 do video, é indicado um dado fundamental para nossa memória do Dr. Salazar e sobre o qual peço que os defensores dos ideais de ASM meditem quando atiram-se a nós :
>>Sir Ronald Campbell, embaixador inglês em Lisboa, aconselhou ao Presidente do Conselho de Portugal para que as autoridades policiam os actos das organizações sionistas de apoio aos refugiados. Vamos dizer que havia um interesse dos ingleses para ter o monopólio do fluxo de saída dos refugiados, e assim controlar a sua destinação geográfica – e, talvez também, limitar a consolidação dos contingentes de nacionalistas sionistas que se juntavam no que era então a Palestina (ver: mandado inglês desde a partição do império otomano / declaração Balfour / organizações Haganah e Irgoun).
>>A que lembrar e dizer bem alto que Salazar não acedeu aos conselhos de Campell. Afirmamos que Salazar não deu seguimento aos interesses do seu principal aliado sobre o que interessava a luta clandestina sionista a partir de Portugal. Nunca esquecer este ponto quando confrontados com qualquer acusação.

7) Ultimo ponto : estou em desacordo com a primeira alegação feita por Neill Lochery, logo ao principio da conferencia, sobre o suposto estilo semelhante de Oliveira Salazar com Benito Mussolini.
Mussolini era adepto de um estilo populista e exibicionista enquanto Salazar era doutor de uma das mais antigas universidades da civilização católica.
Eram discreto e ponderado – totalmente oposto ao italiano. Salazar, de facto, era e foi único e sem comparação possível com os seus contemporâneos.

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