NEM ANJOS NEM DEMÓNIOS

Estou convencido, caro JP, que no próximo Domingo a passividade e o desânimo nacionais não vão ter demasiadas razões de excitação ou contraste, aconteça o que acontecer, dada a constrição económico-financeira do País e sobretudo dada a espessa incerteza europeia em que vivemos. Os dados estão lançados, hoje, na Alemanha. Alguma mudança no horizonte? Népias. O nosso País está muito além do protesto e muito aquém da esperança, mas a Política, enquanto pretexto para o insulto frustrado e a esperança fundada ou infundada de aperfeiçoamento e progresso, deve concitar das pessoas a importância que realmente merece. Imensa. Nesta medida é que duvido sinceramente que o voto nestas autárquicas exprima essa tal dimensão nacional em que insistes. A família, o bairro, a vila, a cidade, têm aspirações muito radicadas na classe e competência dos bons candidatos locais os quais não podem pagar pelas borradas que pautaram especialmente os anos de baderna socialista-socratista, onde não faltaram malícia e lógicas fascistas de fabricação de factóides publicitários e propagandescos longe, muito longe da verdade. Toda a gente tem defeitos. Nem todos incorrem em excessos. Nem todos defraudam uma cidade, uma região e um País. Uns são simpáticos e incapazes. Outros são neutros e antipáticos mas capazes. E o contrário. As massas depositam o seu voto em quem lhes apresenta energia, obra feita, diligência, capacidade de assumir compromissos e honrá-los, alguma seriedade e moderação, o máximo de empatia humanista e fiabilidade. Lembro-te que, por exemplo, o meu candidato Luís Filipe Menezes, candidato que em absoluto subscrevo para o nosso Porto e o nosso Norte, escuta continuamente, e não só nas freguesias mais negligenciadas do Porto, o sonho das pessoas por actos políticos que assimilem a Invicta à Gaia Ressurrecta e afirmem o Porto e o Norte com a voz forte e firme que merecem. Há que perceber porquê. Rui Moreira, por exemplo, cometeu o enorme deslize de, no debate do Porto Canal, apelidar a nossa Gaia de subúrbio. Imperdoável leviandade. O que lhe passou pela testa, pergunto?! Voltando ao Marco António e, já agora, ao Carlos Abreu Amorim, em cuja inteligência e agilidade nortenha confio, claro que os considero a ambos capazes de vestirem a minha pele e a de milhares de cidadãos no Centro de Emprego na Avenida da República, tal como considero capaz disso e de sensibilidade o teu Eduardo Vítor Rodrigues. Não são anjos. Não são demónios. Acontece que prefiro o Carlos. Gosto dele. Aceito o Marco António tal como o instinto político o forjou. Portanto, votemos. Escolhamos bem, João Paulo. Tudo, menos no registo burlão, comissionista-mercenário, devorista, por que se pautaram os dois últimos Governos Socialistas. Fora de quaisquer dinâmicas passionais o digo e redigo. 

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