MAQUINETA DE FAZER FASCISTAS

Tenho tido e continuarei a ter o prazer de escrever excessivamente com ampla liberdade poética e intensa força expressiva e emocional acerca do meu País e da sua situação que não é um beco sem saída, embora não seja possível seguir o beco sem saída proposto ou sugerido pela Esquerda. Tenho satirizado, e continuarei a satirizar, as derrotas manifestantes do Fóssil Arménio, os sucessivos apelos a assassínios políticos e grandes tumultos por parte do BardaMérdio Soares e também tenho insistido em satirizar o insulto vivo e canoro à nossa inteligência e sofrimento proveniente do Corruptíssimo Sócrates, tudo gente esclarecidíssima que apela à iracúndia nacional e que diz, pela primeira vez na longa História de Portugal, que o rei vai nu. Ninguém corresponde ao apelo.

Bêbados e estropiados mentais, cujas reformas, prebendas e privilégios nos fariam corar, são precisamente aqueles apelam à revolta e à sedição nossas, dos tesos, desempregados, encostados, ociosos, desprezados, escravizados, apelos aos quais ninguém corresponde. Nos blogues... Bom, nos blogues correm grandes escaramuças de palavras, e é completamente diferente. Aí digladiam-se tendências ferozes e sanhas terríveis, contra a dívida, pela dívida, contra o Governo e contra o Governo com mais força, e, por vezes, ensaiam-se grandes saneamentos e ainda maiores ajustes de contas.

Eu, por exemplo, um paz d'alma, habituado à Sacristia e às mais plácidas delícias espirituais de mil e uma missas, tenho recentemente aprendido a ser, a parecer, a cheirar e a saber a fascista. Onde é que e como se aprende a ser, a parecer, a cheirar e a saber a fascista, pelo amor de Deus, joshua, até tu?! Com um mestre, digo eu, que seja um bom mestre à Esquerda, pela Esquerda e na Esquerda. Esse Mestre ensinar-me-á todos os dias como é que um fascista se forja: espontaneamente, por impregnação e osmose.

Fora isso, e agora a sério, o único fascismo que conheço é não ter dinheiro.

Comments

Grego said…
Tu não mataste politicamente ninguém, nem corporizas a vontade de um povo, com vocabulos repetidos que mais se parecem com os discos riscados dos anos 70, ou a retórica do conselho nacional. Continua assim, disciplinado e obediente às ordens da laranjocracia e do seu sequito sedento de poder e vazio de saber. Já te imagino a prepertar atentados líricos aos "bardamedios" anciaes, quando surgir o inevitável segundo resgate! Continua! Eu também o farei!

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