BLOGUE: TODOS SE LHE RENDEM


Se ainda há pouco tempo dizer "blogue"
talvez remetesse sobretudo para páginas virtuais
de escapismos emocionais;
se, ainda, essa realidade,
por não ser de momento acessível às vastas maiorias, senão indirectamente,
cloroformizadas que estão pelos Media mais superficiais,
era taxada falsa e convenientemente de malévola,
porque promovia cavalgadas denegridoras
das figuras de topo,
porque trabalhava incansável na difamação
das figuras de topo,
porque agente de instabilidade
pelo poder de promoção e de despromoção de líderes e de governos,
(recorde-se o manto de maldito que, embalado pela estística mais geral ignorância,
numa entrevista, a actual entidade primoministerial
tentou lançar vagamente sobre a blogosfera!),
a verdade é que hoje todos se lhe rendem,
em especial as tais figuras ditas de topo.çlk

E rendem-se-lhe porque compreenderam a força blogotsunâmica,
blogoterminator (devidamente reprogramada para servir as pessoas
e não os filhos-da-puta-dos-números),
que remexer e crivar a verdade representa.
Rendem-se-lhe porque o fenómeno releva das bases mais bases,
das subjectividades mais subjectivas e mais autênticas,
mais capazes de politicamente incorrecto,
mais desvinculadas de interesses senão do imperativo da própria consciência,
mais agentes de sinceridade e de apuramento quadrimensional
dos factos e das intuições empírico-certeiras sobre eles.lkj

Não estranhem, pois,
que, para uma conferência confortável de postagens,
eu passe a ostentar na minha barra lateral de links
os blogues de Pedro Santana Lopes,
de Marcelo Rebelo de Sousa
e de Luís Filipe Menezes.

Mas, parece-me, quanto a isto,
quanto a esta catabática rendição,
ainda a procissão vai no adro.

Comments

Ash said…
Scary!
Daniel J Santos said…
Cada vez mais o discurso passado pelos média sem direito de resposta, perde para uma esta plataforma de igualdade, é aqui que é feito a realmente sondagem de opinião, se não podes combate-los junta-te a eles.
Sei que existes said…
Muito bem dito!!
Beijos
quintarantino said…
Penso, logo blogo?
Blogo, logo existo?
Talvez. O que sei é que é uma corrente tormentosa que fervilha por esse mundo fora. E, talvez, a forma de muitos mostrarem ao mundo que, apesar de quererem o seu silêncio, estão lá e existem!

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