FÁTIMA? SÓ SE PODE DIZER BEM

Nunca entenderei como é que havendo tanta coisa sobre que despejar justificado rancor e justificada bílis, haja quem os derrame desportivamente logo sobre a Igreja Católica e sobre o caso-fenómeno Fátima em particular. Sobre Fátima cristalizou-se um chorrilho preconceituoso, repleto de lugares-comuns e generalizações abusivas, as quais, ciclicamente, alguém vem disfarçar de reflexão sociológica sobre o ‘fenómeno’. Quanto à Igreja é habitual lançar-se a rejeição e o anátema generalizados, estigmatizando-A com o vício manipulador, com o delito pedófilo escandaloso, com o arcaísmo e a inutilidade. Tarefa estúpida e caquéctica dedicar-se alguém a afirmar a Igreja, negando-A e insultando-A: mesmo para tão extremosa dedicação negativa tem de haver uma fortíssima paixão e um irreprimível desejo recalcado, pois o que nos não importa de todo também não é pensado nem mencionado. Onde estiver o odioso ao teu coração, aí estará o teu inferno e a tua escravidão. «Onde estiver o teu coração, aí estará o teu tesouro.» Sobre Fátima, eu só posso dizer bem. Fátima não promove o tráfico de droga. Fátima não procede à lavagem de dinheiro. Fátima não promove a corrupção social e política. Fátima não incentiva a prostituição. Fátima não ensina a roubar ouro. Fátima não avilta o ser humano. Fátima não faz mal a uma mosca. A mim fez-me todo o bem que um ser humano pode desejar nesta vida e nesta terra: Paz espiritual. Sublimidade. Harmonia interior e harmonia com o exterior, humildade, serenidade, contemplação. Ninguém discute os que pagam muitos euros, tantas vezes subtraídos à comida e ao bem-estar, para um Festival de Verão, por que se imiscuem no sacrifício e na sensibilidade íntima dos que caminham dias para alcançar o Santuário?! O Santuário é uma pedagogia da nossa mortalidade peregrinante à procura de um Pátria à qual se acede pelo mais íntimo do nosso ser. O Santuário é a escolha da melhor parte. O Santuário é um êxodo, uma saída das rotinas para escutar uma Palavra Sólida e Vital. Fui sempre extremamente feliz no Santuário de Fátima no plano espiritual, sem negar o carnaval religioso de que tudo é passível. Como consumidor de sublime, de belo, de intenso, de humano, de exemplar, tenho por Fátima um respeito e uma gratidão irrefragáveis.

Comments

M* said…
De Fátima não há nada a apontar, mas daqueles que não respeitam as outras pessoas, em nome dela e de Deus...aí sim, há muito a reclamar!
floribundus said…
a república dos anacletos fica toda raivosa com o 'grande comício dos padres'.
aos fiéis ninguém os vai buscar a casa para desfilar na avenida.
o socialismo acabou com a espiritualidade e transformou o rebanho em animais de quatro patas

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