UMA INGENUIDADE DE CORRUPÇÃO DIVERTIDA

É o que acontece quando falamos de mulheres, entre amigos, tantas vezes. Hoje, falar de Portugal dói e massacra para além de todas as medidas. Ainda acredito que Passos Coelho na maioria das medidas esteja a decidir aquilo para que não há alternativa e tem de ser feito em Portugal, apesar de decidir contra os meus interesses imediatos, as minhas necessidades prementes, apesar de assediar os meus nulos recursos, [o Fisco, por exemplo, parece uma vaca doida que me inventa sucessivas questões e vem com cartas ameaçadoras ou chover no molhado ou sobressaltar-me com supostas dívidas em que é impossível eu ter incorrido], apesar de esmagar a minha tranquilidade de cidadão cumpridor e pobre. A sensação de justiça nas medidas, essa é que teria e terá de ser incomparavelmente maior tanto para a minoritária centena dos que o vaiam profissional e metodicamente como para os milhões que ficam calados, mais apostados em olhar por si e correr os riscos necessários para não cair no abismo da miséria. Reconheçamos que em demasiados casos os Portugueses teriam de se vaiar a si mesmos por cada ano desta semi-democracia até ficarem roucos. Uma vaia monumental, para começar, à má qualidade do seu voto. Uma vaia interminável, para terminar, ao individualismo explorador do próximo em situações de poder económico ou político. Onde está a tua solidariedade, Portugal?! Que é feito do teu sentido do outro?! E autocrítica, não temos?!

Comments

Anonymous said…
[o Fisco, por exemplo, parece uma vaca doida que me inventa sucessivas questões e vem com cartas ameaçadoras ou chover no molhado ou sobressaltar-me com supostas dívidas em que é impossível eu ter incorrido],

chama-se atirar o barro à parede. é que o comportamento tornou-se tão consistente que é descabido pensar que não seja intencional.

Virginia

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