Ministério da Educação, Fonte de Caos
A ideia de aperfeiçoamento e de reajuste é sempre positiva e bem vinda, mas o que tem sido a prática, não apenas dos elementos que compõem este Ministério da Educação, mas de todos os Ministérios, uns mais que outros, é a instabilização permanente de uma classe profissional que carece, no mínimo, de algum sossego para suportar a inundação de vida e energia que significa ter alunos.
Mas não, posta em cheque, empalada pelas palavras de ordem ministeriais e, degolada, posta à porta das cidades para que a vejam vexatoriamente por inumar, a classe docente é vítima de um claro esvaziamento do discurso por parte do poder que, porque esvaziado, descarrega uma bilis fedorenta em quem está mais a jeito, porque já por natureza dividido e fragilizado.
Já não bastava o nomadismo, a violência subtil e a pesada, a instabilidade nos horários, a burocracia elefantina, que nos dispersa as energias do centro de tudo, o aluno concreto, vem agora a Sesuda Ministra Medusa, alforreca inconsistente dos argumentos, de dedo em riste bodexpiatorizar-nos?!
Em todo o caso, há sempre quem muito justamente queira rasurar, exigindo que se demita, este comportamento errático, contra os professores, que nunca buscou com eles sinergias, mas usou e abusou da má fé.
Se não se demitir nem for demitida, continuará a usar e a abusar.
Joaquim Santos
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