Sócrates, o Sorridente Barba Grisalha
A selecção jogou. A equipa e o jogo é um vento, uma brisa marinha, que distrai dos biscoitos e da água salobra de bordo - vida nacional a doer -, enquanto impele a nau da imagem primoministerial no mar de baixios governar.
Porque em face da equipa nacional tudo se nivela, porque à sombra da equipa nacional os que estão por cima e os que estão por baixo dão beijos e abraços e porque os olhos brilham nos golos assim como secam, endurecem e fuzilam na miséria, Sócrates Falcon podia sorrir simpaticamente aberto ao fim do vento jogo vitorioso, para deixar a vela panda do sorriso embalar a nau da imagem num rumo de positividade improblemática.
A imagem nau socrática tem de seguir Falcon, sorridente no futebol e dura no jogo do pau da política quotidiana porque esta é a hora de agir politicamente, certa essa acção do menor controlo e atenção da sociedade civil porque as oposições também têm o olhar nublado de emoção e exaltação nacionais. Agora é que executivamente se pode actuar porque, entre os pães e o circo, manda e desmanda César Falcon.
Nau é nau por muito pirata que seja Falcon e nela haver pernas de pau ou papagaios de serviço é só uma questão de pormenor: alegremente se abordam os bolsos do povo em qualquer oportunidade; não se conhece maior aliança como esta aliança gay com o sistema-coveiro de Portugal, que são os badalhocos bancos, na sua propaganda cara, nos seus produtos irrealistas, no desfasamento entre o que vendem e o que pode ou não pode o público-alvo contrair.
Durante os jogos, só posso moderar as minhas emoções: há o meu lado. Há ainda o lado de quem não está bem. De quem não está nada, nada, mesmo nada bem.
Joaquim Santos
Comments
Fizeste-me sorrir com o teu comentário ás nossas quintas feiras, não foi com o teor de te amansar que exprimi tais palavras, mas com o objectivo de que compreendas por vezes a minha maneira de viver o jogo, pois sei que é igual a tua... realmente notei em ti uma forma mais apaziguadora de disputar os lances divididos ou ate a tua clemência em desferir os teus pontapés fulminantes mas parece que deu resultado este jogo psicológico muito á moda do grande Jose Mourinho hehe, assim já vamos na conquista do Penta e devagarinho devagarinho se chega ao longe…
deixo-te um abraço amigo
Sérgio Costa
www.night8wolf.blogspot.com
Comentei com uma outra referência um Post, que me fez sorrir pela manhã.
Até porque acima de tudo sou Mãe.
E derreto-me toda com o sorriso de qualquer criança.
Gostei da forma carinhosa como foi feito o poema, por conseguinte, estava longe de mim, querer marcar presença (até porque nem preciso disso).
Mas tenho uma percepção diferente, de quem por vezes, só comenta aquilo que tão pomposamente afirma: nem todos, na minha percepção, conseguem transmitir por palavras, ou falta de tempo, aquilo que sentem ao ler. E, limitam-se a resumir o sentimento que captaram.
Não me incomoda tão pouco, que num comentário alguém só me diga um simples Olá. É bastante a sua presença no meu Blog, para me deixar feliz.
Quanto ao poema que comentou e, respeitando a sua opinião, como é meu apanágio, ele foi-me deixado num comentário, a um outro poema.
Alguém que se dignou, deixar tal comentário e, ainda por cima, anónimo, teve que merecer da minha parte, um agradecimento especial. Não me importa se o poema é bom ou mau. “A cavalo dado, não se olha os dentes” diz a sabedoria popular.
É bom sentir, que alguém estende a mão…
Peço desculpa se me alonguei no comentário, mas não ficaria de bem comigo, se o não fizesse.
E, porque somente hoje, descobri o seu blog, voltarei para comentar aquilo que oferece a quem o visita.
;)
O nosso mundo está a precisar de estímulos, análises estimulantes, um murro na alma!
Gostei da "navegação" apesar de não me rever totalmente. Contra ventos e marés há que lutar sem desfalecimentos pois o mare-nostrum da desilusão colectiva há-de dar lugar a um oceano de boa-esperança (com Prosac ou com Sócrates, tanto faz...) para que a nau-Portugal possa ultrapassar o tremendismo actual.
Menina Marota, foi apenas o meu cartão de visita, a forma que encontrei de chamar a sua atenção, tendo reparado em si.
De menos importância que este contacto, esta chegada a solo lunar inteiramente novo, o nosso, foi o meu inventar não ter gostado do poema que postou.
Obviamente que do que gostei foi da descoberta do seu blog e o meu comentário foi implícito convite.
Obrigado por ter vindo: bem-vinda.
Joaquim Santos
www.joshuaquim7.blogspot.com
é bom não gostar,
dizer bem é fácil, dizer mal às vezes também é,
mas dizer que não se gosta tão diplomaticamente, como tu o fizeste é raro e agradeço-te por isso, o prazer foi meu, de me teres lido
ao contrário eu passei por cá. levei tempo a ler-te, gostei da tua escrita, entre sorrisos
virei mais vezes
um beijo
lena
ficarei à espera
beijos
lena
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