QUANDO OS VORAZES FALAM DE FALHANÇO
Não se pode olhar de igual para igual os que sublinham o falhanço na execução orçamental do Governo em 2012. Só a partir de cima. A meta do défice orçamental para 2013 estava à partida viciada de ambição pelos que a negociaram, desde logo, e quem a negociou também sabia a montanha de juros que escalavam e as extensas desorçamentações que tais orçamentos continham, à parte o que falhou pelo excesso de voluntarista do Governo. Isso acabou. O Orçamento para 2013 contém parcelas que nunca constaram antes do Orçamento e Rectificativos de 2012, nomeadamente as relativas às empresas públicas de transportes, calamitosamente endividadas. Para além do facto de 2012 ter falhado a meta dos 4,5% e esse valor passar a meta para 2013, interessa fundamentalmente que o Estado Português deixe de incorrer no volume suicidário de dívida com que se vai pagando os mega-falhanços na execução orçamental de sucessivos Governos socialistas: todos os caramelos que hoje espumam não para trás. Mas deveriam. Com uma herança tão envenenada e uma instabilidade tão crassa na Zona Euro, não há Ministro das Finanças que possa passar por Zandinga e acertar em previsões. Só os socialistas, nas suas masturbações cínicas, acertam previsões sobre o défice orçamental e sobre a dívida pública. Este Orçamento não é nem pode ser matéria de fé: faz-se ao caminhar e se os parceiros sociais, o Conselho de Finanças Públicas, o Banco de Portugal, as instituições internacionais, a própria Troyka têm dúvidas, o Governo também tem direito a ter dúvidas, fazendo embora o que a seriedade, e não o eleitoralismo, manda.
Nem é pelo Orçamento, pelo Governo, seja por quem for. É por Portugal. Ao fim de um ano e meio, em plena tormenta que assola o Euro, como é que os desonestíssimos caramelos socratistas-socialistas podem exigir acerto num Orçamento?! Num contexto volátil destes?! A economia também é uma questão psicológica e o modo como os Galambas se encarniçam resume o volume de toxicidade e populismo negativo a que esse partido está disposto. No Governo, são de Direita. Mas quando a merda infestante do pseudo-socialismo se vê na Oposição, extrema-se, radicaliza a retórica, clama por derrubes de Governo, espuma por rasurar as regras democráticas, ainda se a hora é dramática, de urgência, lavrando o fogo da dívida sem travão. A merda socratista não tem moral para falar em falhanço orçamental, quando todos os esforços estão a ser feitos para se evitarem males maiores. Os actores socratistas são baixos. Representam-se a si mesmos. Se representassem os portugueses, construiriam um contributo realista e útil à parte do corte de despesas, coisa de que são incapazes e não interessados. Preferem uma estratégia de confrontação acusando o oponente de usar uma estratégia de confrontação. Se a desonestidade intelectual e política desse prisão, esses merdas da dívida e da bancarrota deveriam ser sujeitos a prisão perpétua.
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