ÉLAN TRÁGICO-BURLESCO

Revestido da credibilidade de um mosquito, sólido como uma jangada que se debate na procela, o Primadonna não desiste de ser ainda poder. E tem razão. Se o seu poder pariu isto, faz muito bem em tentar berlusconizar-se, regressar, ressuscitar como tiranete perfeito numa República de corneados precisamente por si. Negócios, comissões, clientelas. Bater-se-á pelos velhos tempos e pela grande causa clientelar maçónico-socialista umbilicista. Parte derrotado, rejeitado, mas desembainha ainda a murcha espada do élan pífio, enorme viciado na própria aura narcísica. O mesmo show mediático soará a fantasmagoria ridícula como Zé Cabra, fraudulenta como Vale e Azevedo. Ilusão de armar ainda a velha tenda e encenar ainda o velho circo. Ele não desiste como muitos a quem falta uma quinta-feira, tenazes como mastins na mesma determinação-demência. Nós também não desistiremos de lhe garantir um longo colóquio com a História trágico-burlesca socialista-socratista nas suas causas e consequências. Se justiça for servida. Eleitoral e da outra.

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