CRIPTOGÂMICOS DO PSD. CASTRATI DO PS

Colocado pelo PS à mercê do que e de quem viesse a seguir, Portugal defronta-se com o seu magnífico precipício: ou uma destruição sem precedentes ou a união que faz da fraqueza a coragem empreendedora contra tudo e contra todos. Não basta dizer que este é um dos piores momentos da nossa História em matéria de destruição de empresas, de emprego e de vidas: é preciso afirmar em que e como se faria diferente para que não fiquemos com a sensação de nada haver a esperar senão ser sucessivamente esfaqueados pelas costas ora pelo PS ora pelo PSD, cujos discursos criminosos na fase eleitoral têm sido imediatamente desmentidos na fase de Poder assumido. Contra nós.

Não basta grasnar o óbvio, que a recessão se agrava, o desemprego atinge recordes, o défice orçamental supera todas as metas, e que a dívida pública, em boa parte devido ao dinheiro garantido pela Troyka, aumenta. Que o caminho é mau até Gaspar o assume. Mudar a nossa forma de ajustamento para sair da crise não depende do voluntarismo dos Governos nem das quimeras das Oposições. Também nada resolve atirar responsabilidades ora para a dominação económica alemã, ora para o suposto fanatismo financeirista do Ministro de Estado e das Finanças, ora para a incapacidade para liderar e defender o País por parte do Primeiro-Ministro. Era preciso que os Partidos de Merda, o PS, o PSD, o CDS-PP, assumissem a sua incompetência histórica, a sua corrupção visceral, a traição consecutiva às nossas mais legítimas expectativas. Não o fazem.

A actual retórica de Merda do PS não permite que se esqueça a recente Governação de Merda do PS. Nós, os portugueses, estes parvos, assistimos à destruição de Portugal pela mão cega dos Partidos de Poder, os quais não têm tido à sua frente gente com mundo, com carreira e sobretudo sem carácter: Sócrates? Lixo. Passos? Cegueira imberbe. Relvas? Bichinha de rabiar e protelar democracia, verdade, os mesmos e velhos bloqueios e carreirismos que me excluem e excluem outros cidadãos da participação directa no debate e enriquecimento participativo da pseudo-democracia, democracia dos banqueiros e dos belmiros.  

No capítulo das mudanças e das demissões já, calma. É escusado que se embandeire em arco. Não confiamos no PS. O PS, na hora de descer do alto da burra comiserativa e compadecida com o sofrimento dos portugueses, negociou a seu bel-prazer comissões e negócios de Estado que hoje nos asfixiam. Sócrates enriqueceu e escarrou-nos na cara o seu enriquecimento completamente ilícito, inexplicado, só possível porque não somos, de facto nem de todo, como os Gregos, os Franceses, os Cipriotas, para os quais certamente só uma forca aplacaria tanta sem-vergonha entre políticos e políticas em décadas de incúria e deslealdade com Portugal. 

Assim, como nada de bom e credível pode vir do PS, do PCP e do BE, temos mais é que continuar a submissão, como até aqui, aos interesses dos credores externos: isto destruir-nos-á, se não houver investimento. Destruir a economia em nome dos interesses dos credores não reforça a nossa capacidade para pagar a totalidade do que devemos, mas uma Europa de asnos quis assim. Austeridade sem investimento sacrificará gerações: este programa de ajustamento, os juros que os nossos credores nos cobram, a chantagem da perda do beneplácito alemão, caso divirjamos do que nos foi imposto, sem uma lógica nova de investimento e dinamização económica, obliterará Portugal e os Portugueses. Venha quem vier dos Partidos e dos Políticos.

A Europa perdeu o tino na exacta medida em que perdeu o seu núcleo espiritual de partida, Cristo, a Compaixão, o sentido coesivo básico e justo das suas sociedades interpenetradas. Resta-nos que a nossa dívida deva ser paga com mais economia e menos austeridade: um Estado sustentável a partir de uma economia que volte a respirar da compressão fiscal. Negocie-se entre os estados, proteste-se por abertura democrática no sistema político português e por que o critério de pagamento da dívida pública seja o do investimento imediato no nosso País, mandando foder a retórica cretina dos belmiros que pagam o ordenado mínimo espanhol em Espanha e o ordenado mínimo barato português de merda em Portugal. Não há berloquistas, seguristas, costistas, aventureiristas que possam suceder e dar as costas senão à mesma submissão que nos tem poupado a outro tipo de dissabores nacionais: se for apenas para mudar de cristos que acumulam sofrimento, rejeição e incompreensão, própria de capatazes, pelas políticas selváticas dos credores, mais vale deixar este Primeiro-Ministro Passos e este Ministro de Estado e das Finanças Gaspar levarem a respectiva cruz até ao fim, que é quando se sepultam ou ressuscitam todos os prognósticos.

Comments

Popular Posts