UM CORNO A EMPALAR CHIPRE
O rocambolesco Resgate de Chipre veio reacender paixões e um friozinho de pânico impensável ainda há poucos meses: confiscar depósitos bancários não lembrava ao careca. Sinal de desespero do capital monopolista e financeiro europeu, o qual tendo optado por submeter países como Chipre, Grécia, Portugal, a programas draconianos passíveis de saque, sobretudo através de privatizações posteriores e a garantia de algemar esses países a pagamentos e amortizações de dívida pública. Nem aí lograram maximizar compensações, pois nesta fase as privatizações fazem-se ao preço da uva mijona com outros players extra-europeus como a China ou o Brasil.
Ao barulho entra agora a Gazprom com a proposta de resgatar a dívida cipriota. Qual a resposta europeia? Ficar com Chipre sob a pata a pretexto de tratar-se de uma matéria relativa à União Europeia e à esfera de interesses e assuntos relativos à Europa ocidental tal como a Grécia, Portugal, ou dar aos russos o que só os russos podem e querem pagar sem que nada lhes doa?! Bruxelas dirá não. Mas como justificará a negativa, quando o que exige é a sangria do costume e o que obtém, no mínimo, é o nervoso homicida dos mercados?! Tem sido tão amarga e horrorosa a solução europeia que redunda neste confisco, caixa de Pandora escancarada, que ver os russos atravessados talvez parecesse o menor dos males. Isso ou o Apocalipse das finanças e da política. De uma pela outra. De ambas às mãos de cada uma. Se a Europa, o Euro e o Diabo disserem não, já sabemos que corno empalará o Chipre por muitos e bons anos.
Ao barulho entra agora a Gazprom com a proposta de resgatar a dívida cipriota. Qual a resposta europeia? Ficar com Chipre sob a pata a pretexto de tratar-se de uma matéria relativa à União Europeia e à esfera de interesses e assuntos relativos à Europa ocidental tal como a Grécia, Portugal, ou dar aos russos o que só os russos podem e querem pagar sem que nada lhes doa?! Bruxelas dirá não. Mas como justificará a negativa, quando o que exige é a sangria do costume e o que obtém, no mínimo, é o nervoso homicida dos mercados?! Tem sido tão amarga e horrorosa a solução europeia que redunda neste confisco, caixa de Pandora escancarada, que ver os russos atravessados talvez parecesse o menor dos males. Isso ou o Apocalipse das finanças e da política. De uma pela outra. De ambas às mãos de cada uma. Se a Europa, o Euro e o Diabo disserem não, já sabemos que corno empalará o Chipre por muitos e bons anos.
Comments
É só uma teoria. Mas eu diria que a Europa, neste caso, ou foi muito estúpida ou muita esperta.»
http://lobidocha.com/580775.html