BABA E BAIXA POLÍTICA CONSTANTES


Em 2009, há pelo menos dois tipos principais de PS: o PS trauliteiro, controleiro e esmagador, com notória vocação autocracizante de ASS, Pedro Silva Pereira, com o braço-PS comentadeiro-língua-de-pau de Correia de Campos na RTP-N e tvi24, e, face da mesma moeda, do delico-adocicado Vitalino aqui e ali porta-voz com um sorriso trocista em tudo semelhante ao do impagável Afonso Candal. Mas há também o PS maleável de Alberto Martins, que violenta a sua natureza humana (algures, num passado longínquo, sã e independente, segundo inúmeros testemunhos de compagnons de route) com os papéis actuais de infra-política de que o PS controleiro e esmagador de ASS e Pedro Silva Pereira o incumbem. Era de evitar esta mesquinhez e sacrifício pessoal que lhe exigem. Estes deputados interpartidários, Rangel e Martins, são todos amigos do peito lá fora. Já milhares de bytes foram escritos no sentido de se acabar com essa miséria de queixas e vitimizações, sórdidos aproveitamentos denegritórios entre PSD/PS. Escutam-nas? Não. Escutam-nos a nós? Não. Obviamente que depois há muitos mais tipos de PS: o encaixado no sector empresarial do Estado, desabridamente clientelar, discreto como um rato, mas com um ego de elefante na hora de acertar as hipertrofiadas retribuições ou obscenas reformas e sobre os quais paira um silencioso pacto de consentimento geral entre toda a classe política, porque todos aspiram a um ganho desabrido semelhante, mal possam, ganho desproporcional ao País e à nossa fome. Pacto silencioso porque se convencionou que é de mau gosto aflorar em voz alta, na imprensa e em blogues chiques de grande prestigio artificial nacional, como é que a classe política — agora o Admirável, Sôfrego e Ímpar PS! — esbulha Portugal, legislatura após legislatura, até ao abismo final não tarda muito. E ainda reclama recondução, nova maioria, vitória eleitora. Não. De facto Portugal não merecia ter incompetentes e venais ambiciosos do dinheiro, com gosto de esmagar os adversários como titulares de quaisquer cargos de altíssima responsabilidade. Este PS é mau de mais para sequer começarmos a imaginar. É por isso que se o sr. Sócrates insiste em eclipsar Portugal, com a sua violência negra contra os media, que, como escreve Eduardo Cintra Torres, «aumentará com o desespero*», Portugal terá de encontrar um meio de voltar a rebrilhar como bem merece: «O processo de escolha do novo provedor fez azedar as relações entre os dois maiores partidos, com as acusações a subir de tom entre PS e PSD. Se ao fim da manhã o líder parlamentar socialista, Alberto Martins, acusou os social-democratas de não terem sido “um parceiro fiável”, o presidente da bancada do PSD, Paulo Rangel, foi rápido a responder: “Só exijo que [Alberto Martins] fale verdade e não ponha em causa a minha honorabilidade.” E acusou a maioria de estar a “partidarizar” uma “questão de Estado” como é o provedor de Justiça.“O PS e o seu grupo parlamentar estão a instrumentalizar uma questão de Estado que é importantíssima e isso é inaceitável”, declarou Paulo Rangel que, apesar do “maior respeito” que tem por Alberto Martins, exigiu-lhe que “fale verdade”.» Eduardo Cintra Torres acrescenta: «...como se vê pelo comunicado de ontem da ERC. A "campanha negra" é poeira para os olhos, porque as notícias da imprensa e TV basearam-se em elementos factuais, declarações e documentos. Nenhum facto foi desmentido. Ao contrário do que diz o PS-Governo, não há notícias a mais, o que há são demasiados assuntos, demasiados factos. Baseiam-se em informações factuais e credíveis. O nome de Sócrates aparece por todo o lado. É o caso da "licenciatura". É o caso dos "projectos arquitectónicos". É o caso Freeport. É o caso de Setúbal e dos sobreiros. É o caso da Cova da Beira. É o caso da não entrega da declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional. Todos estes casos envolvem pelo menos o nome do primeiro-ministro de Portugal, e isso está a tornar-se um grave problema para o país, para a governação e, até, para a governabilidade. Há presunção de inocência, sim, o que não colide com a liberdade de informar, investigar e opinar. E também há a presunção da liberdade de se achar que as notícias são importantes para se conhecer o primeiro-ministro e as suas acções e que os factos relatados cheiram muito mal em si e não por serem relatados. Sócrates e o seu círculo fechado de poder, semelhante aos dos partidos únicos, armaram, essa sim, uma "campanha negra" contra a liberdade de informar correctamente com factos, declarações e documentos sobre os casos em que o nome de Sócrates aparece de facto envolvido. É preciso dizer basta às "campanhas negras" de Sócrates e do seu círculo de poder contra a verdade e as notícias verdadeiras.»

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