O ROLO COMPRESSOR DA DEMAGOGIA


Como é que há egos descomunalmente doentes-de-si que se apoderaram de todos os mecanismos de controlo do Estado (e mediaticamente das mentes), que meteram homens de mão em todas as estruturas do poder, Justiça, Finança, que falsificaram políticas para melhor esbulharem os fracos, e praticaram-no a sangue frio, enquanto a Crise internacional não se declarava ou chegava para obrigar a inverter um paradigma liberal de merda, arte sofista de furtar direitos, equidade, justiça laboral, e ainda têm tempo para um discurso pseudo-ideológico a falar dos outros quando os outros são eles mesmos, eles e os seus amigos favorecidos numa longa corte de avençados, eles e os seus podres, eles e os seus problemas com a liberdade e a verdade? Eles e as suas pressões arquivacionistas dos processos que lhes maculam o maculado curriculum? Eles e o absoluto controlo de tudo o que mexe, pensa, opina? Não sabemos. Também não sabemos a que estado de degradação e putrefacção tivemos de chegar para termos inéditos representantes democraticamente eleitos que nem se explicam à Opinião Pública, nem prestam contas a absolutamente ninguém numa fuga contínua dos problemas com que provam o quanto afinal nos não respeitam. Isso e acumular incompetência por todos os poros, consentir no colapso semana a semana dos esmagados de fisco: «A pré-campanha para as eleições Europeias já está em andamento e, hoje, José Sócrates juntou-se ao cabeça de lista do PS, Vital Moreira, numa sessão pública, em Viseu, na qual o líder socialista não poupou críticas ao PSD e a Manuela Ferreira Leite. O primeiro-ministro acusou mesmo os sociais-democratas de estarem sem programa desde a altura em que “faliu o pensamento único” de que qualquer intervenção do estado “seria nociva” e que “o liberalismo selvagem entregue ao interesse egoísta de todos os agentes económicos responderia a todos os problemas do mundo”.»

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