VISA O PS DE ASS ACHINCALHAR MFL


Em vez de, em acelerado, o PS de ASS e Vitalino abandonarem o posicionamento sorna de tentar achincalhar e encurralar o PSD de MFL, seria bem mais digno que esse partido antidemocratizado, e por isso mesmo doente, alijasse de si o ónus da instransigência com um nome incinerado na Pyra Sacrificial Mediática, e deixasse a outros a tarefa de desbloqueamento de um nome de consenso alargado. Portas propõe Gama. Gama aceita. Acho que este é o bom senso necessário, tanto mais que toda a gente percebe que segundo o velho estilo trauliteiro estéril e bloqueador de ASS e demais rapaziada súcia-em-lista, nunca se pode perder uma boa oportunidade para achincalhar e encurralar o adversário, nem sequer o 'fóssil' que, segundo Carlos Candal, preside de momento ao PSD e tanto se põe a jeito. Porque é bem que se deixe indiscutível e absolutamente livre a passagem para sua Eminência Azeda e Ostensivamente Parda, o Sr. Sócrates, Adamastor & Mostrengo, esse que está no fim do mar e, nesta noite de breu, se ergue a voar à roda da nau nacional e voa três vezes, voa três vezes a chiar e diz: «Quem é que ousa atrapalhar o meu marketing e revelar os podres que não desvendo, meus desastres negros que colocam Portugal no fim do mundo?» Na verdade, perante o jogo de chicana política e achincalhamento implícito do PS à tão rebatida líder do PSD, há outras saídas que não brinquem com o cargo de Provedor e brinquem ainda menos com a esfrangalhada e cada vez mais desprestigiada 'democracia' portuguesa: «O líder do CDS-PP insistiu hoje que a sua proposta de resolver "o impasse" na escolha do próximo provedor de Justiça continua válida, afirmando que a "vantagem" da mediação de Jaime Gama é permitir avançar para uma solução."Nós insistimos porque é uma boa ideia", afirmou Paulo Portas, notando que, "no estado actual das coisas, há um impasse" que é preciso resolver e que o "presidente da Assembleia da República teve uma disponibilidade cuidadosa". [...] Recusando comentar o nome proposto pelo PS — Jorge Miranda — por considerar que o erro do processo foi comentar nomes em público, Paulo Portas frisou que a sua proposta para a mediação de Jaime Gama "tem a vantagem de permitir avançar para uma solução". "Veremos, só quero que saibam que o líder parlamentar do CDS agiu com toda a correcção e falou com todos os líderes parlamentares. Tentou procurar de manhã o dr. Alberto Martins, mas não o encontrou", acrescentou.» De resto, o partido de Ass e Vitalino tem entre mãos problemas mais sérios com que se defrontar, sobretudo o manto de compressão antidemocrática que o episódio da Antena 1 malfadamente evoca. Além do tédio que nos geram, convinha que meditassem nestes sinais actuação que Mário Crespo muito bem caracteriza e tingem de odioso, no mínimo a história de um partido dito democrático, absolutamente democrático, mais democrático que devorista e tachista, mais democrático que cioso e controleiro, mais democrático que venal, cínico e manipulador: «RÁDIO MOSCOVO NÃO FALA VERDADE: O caso de Eduarda Maio surpreende pela crueza. O conteúdo manipulatório do anúncio da subdirectora de Informação da RDP tem uma falta de sofisticação que é irritante. Com total despudor, os principais centros de indústrias de cultura do Estado coligaram-se para dar ressonância à reacção governamental ao protesto. Sócrates considerou as manifestações de rua politicamente manipuladas. Dias depois do pronunciamento do primeiro-ministro, RTP e RDP, em total sinergia, acrescentam um efeito adicional para potenciar a mensagem do chefe do Governo: manifestações de rua são incómodas e atrasam a vida a quem quer trabalhar. São manifestações "contra" quem "quer chegar a horas", acaba a dizer uma das mais altas responsáveis da informação do Estado em Portugal. Esta afirmação de Eduarda Maio não é feita num comentário a notícias do dia, num editorial ou num espaço de opinião, o que seria trabalho jornalístico legítimo. A propaganda anti-sindical surge toscamente disfarçada num spot promocional da Antena 1, transmitido pela RTP. Face a isto, é muito difícil ao Governo socialista dizer que não interfere na informação prestada pelo Estado. As dúvidas sobre a postura jornalística de Eduarda Maio depois do seu divertido panegírico "Sócrates o Menino de Oiro" dissipam-se com esta participação na urdidura de marketing político em que se confronta a legitimidade do protesto com o slogan da ditadura que a melhor política é o trabalho. Este último incidente denuncia que a deriva totalitária do regime atingiu em quatro anos um descaramento intolerável para a democracia parlamentar, mesmo desnaturada por uma maioria, que a nossa cultura/incultura política provavelmente não comporta. Assim, usando a legitimidade eleitoral como uma espécie de carta branca para a bizarria, órgãos de Estado desdobram-se em propaganda e repressão que trouxeram a desordem ao sector público e a insegurança ao sector privado. Nesta maneira de estar no poder de José Sócrates, os pseudópodes da criatura maioritária vão cobrindo tudo com um manto de opacidade e intimidação que deforma e perverte. As reformas conduzidas pelos mesmos chefes do antigamente, sobre quem a bênção socialista terá feito descer o espírito da modernidade, exigem seguidismos amorfos e ameaçam com processos disciplinares e degredo os dissidentes. Este é o Estado como Sócrates o vê em período eleitoral: com aumentos para funcionários quando o resto do país vai para o desemprego e com mordaças disciplinadoras e o quadro de excedentes para os rebeldes. Mas agora que as dúvidas são muitas e a rua já grita, não basta silenciar os números do descontentamento porque eles estão à vista. É a altura do contra-slogan. Tal como a Emissora Oficial no passado, RDP/RTP prestam-se uma vez mais à tarefa de defender regimes à custa de propaganda pensada e executada com o mesmo zelo com que o SNI coordenava, na Emissora Nacional, o programa do salazarismo "Rádio Moscovo não fala verdade". O título deste programa da era de Sócrates é: A CGTP não deixa trabalhar. Como sempre, apresenta-o a Direcção de Informação da RDP.»

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