GEOMETRIA DO ABSURDO INDESCRITÍVEL
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As razões da recusa liminar do nome de Jorge Miranda pelo PSD fazem sentido para o PSD. A principal delas é o que subjaz de chantagista na irredutibilidade do PS e tentativa de autovitimização, ao expor e explorar redobradamente esta propositura concreta da sua iniciativa. Se afinal foi recusada no segredo pelo PSD, recusa da qual não poderia recuar publicamente sem se sair fragilizado, o que além disso seria lido como assunção de má-fé prévia. Mesmo exposto e declarado quem era o recusado e o motivo, insistir nessa propositura só serve propósitos de tentativa de desgaste do adversário. Nada mais que jogos florais interpartidários que o país futeboleano dispensa e em que aliás nem repara. De um ponto de vista neutro, puramente civil, porém, continua este um espectáculo deplorável a que é preciso pôr cobro. E nem soa mal que se comece do zero: «O PSD está irredutível na recusa do nome de Jorge Miranda, proposto pelo PS, para o cargo de provedor de Justiça. A decisão final foi tomada ontem na comissão permanente do partido e radica apenas no facto de não ter sido uma escolha dos social-democratas, uma posição de princípio de Manuela Ferreira Leite. No Parlamento, o PS começou hoje os contactos com as restantes bancadas, deixando para o fim o maior partido da oposição, com o qual se romperam, na sexta-feira, as negociações bilaterais dos últimos oito meses.»
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