DESEMPREGO INSCRITO E NÃO-INSCRITO


Já se fala em auditoria aos dados do IEFP, tanto mais que a percepção empírica que muitos especialistas e observadores fazem do desemprego em Portugal em nada coincide com os números oficiais que vão sendo divulgados, os quais, de resto, dizem apenas respeito ao desemprego inscrito, havendo uma massa silenciosa de excluídos ou não inscritos pelas mais diversas razões, quantas de elas discutíveis! E são gente. E são economia ou falta dela, matéria sobre a qual, lentamente, devagarinho, ao ralenti, o governo encarará de cernelha, quando for obrigado a isso, talvez da pior e mais indesejável maneira: «O número de desempregados inscritos nos centros de emprego disparou 17,7 por cento em Fevereiro, face ao mesmo mês de 2008, prolongando a subida iniciada em Outubro e marcando o acréscimo mais elevado desde Dezembro de 2003. [...] Em famílias com quatro, cinco ou mais desempregados, além dos dois cônjuges, parece troça que a nada de significativo se proceda, conforme o PP justa e urgentemente propõe ao governo, uma vez que a realidade que alastra na verdade impreca e negativiza o governo: O CDS-PP voltou hoje a reclamar a alteração das regras de atribuição do subsídio de desemprego, alertando que por cada dia útil de Fevereiro mais mil pessoas perderam o emprego."São números muito preocupantes. Mais mil pessoas ficaram sem emprego por cada dia útil de Fevereiro", disse à Lusa o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares, reagindo aos números divulgado hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). "Até onde os números têm de ir para o Governo perceber que é preciso mudar as regras", interrogou. Pedro Mota Soares voltou, assim, a reclamar a alteração das regras do subsídio de desemprego, insistindo na necessidade de medidas como a majoração da prestação para as famílias onde marido e mulher estejam sem trabalho. "Há regras que têm de ser substituídas, pois estão a excluir e penalizar milhares de pessoas", salientou.»

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