GOVERNAÇÃO DE CABOTAGEM

Teresa Caeiro não erra. Atitude errática da governação, sem dúvida, no que toca ao calculismo custos/benefícios eleitorais de medidas boas, caídas do céu tardiamente, como bênçãos inesperadas sobre os mais pobres pensionistas. Governar com mar eleitoral à vista é, em tempos dramáticos, um luxo a que um Governo minimamente sério jamais se poderia dar. Excluída a hipótese da seriedade, resta o autismo irresponsável que acomoda o mau despesismo fastidiosamente anunciado e apelidade de 'investimento público' (chavão provocatório a um País ultra-endividado) e a despesa socialmente pertinente, mas tado-oportunistica e interesseira: «A deputada do CDS/PP Teresa Caeiro considerou a medida anunciada como "boa", mas criticou a "postura errática" do Governo. "Mal não faz [a medida anunciada hoje], obviamente, mas isto não é forma de governar, porque há cerca de três semanas o primeiro-ministro veio anunciar uma duplicação das comparticipações dos medicamentos genéricos a pensionistas com pensões inferiores e agora, volvidas três semanas, vem aprovar a comparticipação a 100 por cento", disse.»

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