A VIA DOLOROSA

«Alguns comentadores e jornalistas queixam-se que "70% dos cortes vêm de pensionistas e funcionários públicos". Deveriam vir de onde? Dos criadores de emprego, que já escasseiam? Dos jovens a recibo verde? Sem reservas substanciais, sem possibilidade de aumentar ainda mais a carga fiscal - já no limite em muitos sectores, sem possibilidade de confiscar poupanças via política monetária e sem crédito internacional além do dos nossos parceiros, qual seria a opção dos demagogos?


Fingir que a situação não é grave e que o actual nível de endividamento não só é o maior da nossa história de quase 900 anos, como também é um dos maiores a nível mundial (em percentagem do PIB)? A festa acabou e não há alternativa a sair deste sobre-endividamento que não seja uma via dolorosa. Bruxelas apoiou as medidas de Pedro Passos Coelho por serem uma consolidação através de um "redução permanente de despesa", ao invés de medidas ‘one-off' e receitas fiscais", apoiando os "princípios de eficiência, qualidade e sustentabilidade" e ainda a "convergência entre o público e privado".» Ricardo C. de Magalhães

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