Programa

Nasci numa terra litorânea portuguesa em pleno noroeste ibérico e, antes de olhar para o mundo todo, já ganhava raízes e apegos apaixonados a essa pequena parcela dele, sonhando em voar só com a força da vontade e sem motores, enquanto olhava um céu sempre povoado de aviões comerciais, pardais e outros pássaros num voo baixo ruidosamente invitativo.

Quando entrei para a Escola Primária e aprendi as primeiras letras, logo fertilizei as folhas brancas de papel com quanta imaginação me habitava. Depois cresci e aprendi que as folhas escritas ou em branco é que me fertilizavam a mim e me pediam voz que as vivificasse num drama de alma lido ou edificado. Por isso, profetizei-me poeta e profeta num mundo onde por fim o voo não se corte e os muros um a um se derrubem. Depois a licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras do Porto, o ensino do Português, e agora mestrando em Literatura e Cultura Comparadas, antes, mais tarde e sempre, o texto com alma e sabor dentro.

A sátira e a verrina interessam-me como discurso e como disparo, mas sobretudo como resposta ou provocação se perante violações da ética e do bem comum planetários: os obesos interesses corporativistas, armamentistas, exclusivistas globalizadores, estão a entediar o mundo de injustiça crassa e é preciso intervir, denunciar, alargar, de corpo e alma, começando por dentro, a fronteira de bem-estar e desenvolvimento gerais, a fronteira, portanto, de pacificação das sociedades mais confltuosas.
Cocktails Molotov? Só os de entusiasmantes ideias feitos. A crónica e o poema sejam as únicas baionetas que penetram a carne de vida, os únicos mísseis admissíveis que até podem errar o alvo na sua queda aleatória, mas abrem em fogo e beleza. Explosões suicidárias? Só se forem, depois dos orgânicos, orgasmos espirituais, mas apenas por serem pequenas mortes em que nunca se deveria pequeno-morrer só, mas a sós, ele e ela, tu e ele, tu e ela, e é com tais armas e a esse combate que vou, que estou aqui, de post em post.

Pela mahatma-ghandização do mundo e, portanto, também pela sua urgente desbushização cowboyesca!


Yehoyaquim Santos

Comments

Fran Rebelatto said…
Mas, será que essa seria a saída?? creio que estou confusa com tais idéias, porém me fez pensar ainda mais...obrigado

beijos
isto fez pensar...gostei...gosto de coisas que me façam pensar.
obrigada pelo teu comentário e vai passando no meu canto de pornografia e indecencia...enfim há gente que enfim...era deus leva-los numa noite escura...
beijos
Night said…
Foi dos posts que mais gosto me deu ler por aqui, um pouco de ti, um pouco de nós um pouco de todos, a escrita é uma arma com um poder sem limites.

Um abraço
Anonymous said…
Agradeço-te os rastros na minha página.

Gostei muito deste teu espaço!
Voltarei!

Beijinhossssssss
Márcia said…
Meu querido,
fazia tempo sem lhe visitar e, estranhei um pouco as mudanças, me perdi em seu texto, tenho que voltar e reler com calma e atenção.
Não entendi a grafia de certas palavras, rss
Linda noite
beijossssssss
Giovanni Lucato said…
Nossa seu blog é muito bom... Gostei mesmo! Não me lembro de ter passado aqui, mais concerteza voltarei. Tudo de bom
Impressionante teu modo de descrever o cotidiano e sensações diversas que te embalam.
MEU DOCE AMOR said…
olá:obrigada pela tua visita.Gostei do que li neste blog,e concordo com a tua visão.O poema ,a crónica,enfim...a escrita são mísseis que diparam fogo e beleza.Continuemos assim...

Beijinho

Doceando
Raskólhnikov said…
Meu caro J, obrigado pela visita e desculpe-me por não ter nada a falar de seus escritos. tenho estado meio despaisado.

abraços a ti.
antonior said…
Meu caro!
Apetece-me usar vernáculo português para te dizer como estou impressionado com o teu discurso.
Meu irmão de pensamento...
Sim senhor!
100% de acordo!
Pudéssemos acabar com as cóboiadas e tornar este mundo humanamente decente....
Precisamos da tua FORÇA. Se És solidário compromete-Te, porra!

Sejamos todos os fracos, p'ra que sejamos o Único-mais-FORTE.

... e que a força esteja comNOSCO

AtÉ à vitória final
Asta la vitória final y'olÉ

PTPE by Bólice&Choninhas
As gralhas existem, mas os abutres, infelizmente, também!, nós gostamos de gaivotas, e: somos livres, de querer, de vencer, de voar! ... voemos juntos...

FWY
Giovanni Lucato said…
Oi... Estou passando pra dizer um oi. tudo de bom
Deepak Gopi said…
A new morning,full of hopes
Lídia Amorim said…
um bom fim de semana!!! bj

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