BATER NO GASPAR II

A carta de Gaspar é um dardo envenenado e o ex-ministro o saco de boxe dos corajosos de última hora, ámen: «Afinal, não era de todo expectável ler de Gaspar que a menina dos seus olhos das suas medidas enquanto ministro das Finanças, que tanto fez salivar os seus zelotas, a contracção forçada e artificial do consumo interno – que motivou medidas inconstitucionais e persecutórias do rendimento disponível de funcionários públicos, privados e pensionistas e a génese das alterações não consumadas na TSU , afinal, foi um tiro ao lado. Mais do que isso, ler que esse objectivo foi a causa primária dos sucessivos tiros ao lado nas estimativas e nos valores confirmados de receita. É o problema de quem quis comer o bolo e ficar simultaneamente com ele, conjugado com os sintomas do visionário que acha que todas as variáveis macroeconómicas são ferramentas ao seu alcance e os resultados das suas acções são previsíveis e quantificáveis, e que depois fica surpreso com o desfecho. Sobrou uma confissão da própria perda de credibilidade, aquela que tantos sempre tentaram defender para além de qualquer evidência, e que sempre ignoraram em nome de um suposto plano maior que se confirma agora, pela letra do próprio, que nunca existiu.» João Luís Pinto

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