PELA MOÇÃO DE CONFIANÇA

A reflexão que se faz abre um extenso menu de soluções putativas. Subscrevo desde logo esta: «Não teria recomendado ao Primeiro-Ministro alguns trechos da sua alocução. E teria recomendado, à cabeça, a apresentação de uma moção de confiança no Parlamento. O minimalismo presidencial, aliás, suscitou a questão da outra moção - a de censura - mas o correcto, nas presentes circunstâncias, é submeter politicamente o Governo ao juízo da Assembleia da República. Porquê? Porque, desde logo e em apenas 48 horas, o Governo perdeu dois ministros de Estado, um deles o presidente de um dos partidos da coligação. Depois, porque os restantes membros do Governo desse partido estão com pedidos de demissão anunciados. Finalmente porque o Governo de Portugal não pode estar cativo de estados de alma infantis que o país não entende numa altura de alto risco para a sua sobrevivência material e ética. Como, apesar de tudo, "isto" ainda é uma democracia (nada adulta, é certo, mas uma democracia), a resposta do Parlamento a essa moção de confiança pode ser avaliada a todo o tempo pelo "povo" em sede própria. E o comportamento das "elites" políticas também.» João Gonçalves

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