RÉPTIL AO PS E A NULA ANABELA NEVES
Não adianta chorar, bimbos do PS! Não vivemos sob o regime dos PEC. Não é o PEC provisório IV que dita a nossa vida financeira presente. Vivemos, sim, sob o Memorando de Entendimento e os seus ditames. Para o mal e para o bem, temos-lhe obedecido e é a partir dele que qualquer coisa de sólido pode surgir. Não vale a pena falar do magno chumbo, por toda a oposição, não apenas do PEC IV, mas de toda a forma opaca, corrupta e burlona de conduzir os Negócios de Estado pela mão do elenco catastrófico dos sócrates. A lei que provisoriamente nos rege é, pois, a do Memorando de Entendimento, escrito e assinado pelo Governo PS da altura, com os números da altura, mas também pelo PSD e pelo PP. De fora de tal assinatura que compromete e vincula, PCP-PEV e BE. Já se sabia da inevitável e provisória recessão e das previsíveis e provisórias dificuldades da economia. Já se sabia que o grau de obediência e de cumprimento nacionais faria proporcional o grau de ganhos em moralidade negocial, alta, no caso da Irlanda, baixa, quase nula, no caso da Grécia, precisamente pelas razões subjacentes de lealdade ao acordado. Entre uma longa intervenção externa e uma intervenção de médio prazo, intensa e dolorosa, sim, mas curta no tempo, PSD e CDS escolheram abreviar os nossos tormentos, intensificando-os no período mais curto possível. Foi uma escolha. Custosa. Patriótica. De assinante do Memorando, o PS converteu-se rapidamente em sabotador do Memorando. Era, porém, preciso prestigiar – prestigiar! – o Estado Português e conferir-lhe credibilidade. Isso foi feito. Hoje, do que se fala com dados e provas concretas, quer pelo Eurostat quer por outros organismos, é já de uma ligeira recuperação económica: PIB, arrecadação fiscal, actividade industrial, exportações, emprego. O chico-espertismo socialista de atirar dinheiro para a economia sem quaisquer consequências para o PIB ou para equilíbrios de execução orçamental, deu lugar à prudência e ao controlo absoluto da despesa, nas suas várias vertentes, para libertar a economia à iniciativa e ao risco. Era preciso ousadia, sangue-frio, couraçar a cerviz, tudo, menos anúncios pomposos, menos retórica de vendilhão e acima de tudo mais discrição. Passados pouco mais de dois anos, os resultados que há para apresentar não são os que arenga negativisticamente a Oposição. Pela primeira vez em dez semestres, temos um ténue crescimento, uma subida do emprego, desempenhos extraordinários na arrecadação fiscal com promessa de um défice muito mais lisonjeiro que o esperado, aumento das exportações e um melhor índice de competitividade. Ao fim de três anos de um Governo o mais vergastado e injustiçado que há memória, pergunte-se porquê, percebe-se que um segundo resgate só ocorrerá se se perder tempo precioso em mais política baixa e em mais do habitual reles combate faccioso. Três anos de sacrifícios provisórios, de pronunciada recessão, prevista mas provisória, de desemprego alto, conforme previsto, mas esperançosamente provisório, de falências previstas – três anos de sacrifícios não podem sucumbir aos estados de espírito ranhosos dos discípulos do Mega-Burlão que ainda ousa perorar do alto da burra na RTP. Os trabalhos deste Governo redundam, portanto, na recuperação gradual e sustentada da economia e do País, tendo Vítor Gaspar abdicado mais pelos impasses dos cortes permanentes na despesa do Estado com que se comprometera com a Troyka, que por uma percepção de alguma derrota pessoal: os bons frutos da profunda alteração estrutural de uma economia estagnada como a nossa e do fim da grande lei da corrupção de Estado, poderiam ser temporões ou serôdios. Infelizmente para Gaspar, foram serôdios. Hoje, percebemos que a coligação que sustenta o Governo pode estar muito mais firme que a liderança de Seguro: cortar permanentemente 4700 milhões de despesa do Estado, conforme nos é exigido e é do nosso interesse nacional, será um acto de objectiva coragem na sustentabilidade do Estado Português, caso sejam respaldados pelo acordo responsável de PSD-PP e PS. O que desonere o Estado e lhe dê folga para os exercícios orçamentais futuros não pode piorar uma economia só agora a viver sem a magna muleta corrupta e amiguista do Estado. Salvação nacional é isto. É ousar discutir isto. Esta manhã vi, só pude ver, um Primeiro-Ministro digno, que sempre priorizou o que teria forçosamente de priorizar. Indiferente a sondagens, desde a primeira hora. Indiferente ao resultado de eleições, desinformações, campanhas maldosas, cuja acção em nada, mesmo com mérito e com verdade, pode merecer aplauso. O PS, essa bela Merda-Máquina de Fazer Bancarrotas, só tem uma saída: colocar-se do lado da solução e do patriotismo, demarcando-se do lastro fedorento do passado perdulário das anteriores governações socialistas, hoje interessada na micro-vingança e na detracção dos que sucederam ao deus infalível de toda a porcaria e comissão, Sócrates. Pois é comer e calar. Aceitem o repto. Abracem o réptil. [E é mandar foder a Anabela Neves, repórter da SICN, cuja insossa incapacidade para reportar qualquer coisa de jeito, nos directos da Assembleia da República, escandaliza por demais. Prefere trocar a isenção e a objectividade pelo prato de lentilhas dos fracos fretes subliminares ao PS. Não há paciência: após o discurso de Portas, a Anabela descreveu o que o deputado Montenegro fazia com o telemóvel para concluir a enorme relevância de um putativo desprezo do deputado pelo Ministro. Também se pode ser profundamente incompetente e maldoso nos media. Indescritivelmente. Poderia limitar-se a ser feiosa e desinteressante. Não era necessário a Anabela ser também incompetente e superficial. As bancarrotas fazem-se de desempenhos fanhosos desses.
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Só Nº Sra Fátima no seu 345º segredo há-de desvendar...