O FUNGO QUE FUNGA

«Não é pois aceitável o discurso sobre a imprevisibilidade do que sucedeu com “os mercados” nos últimos meses. Bastava ter tido o cuidado de ouvir os avisos do Presidente – ou de tanta e tanta gente que ainda foi mais clara e mais dura – para saber que a nossa política orçamental tinha de ser credível (e não a trapalhada que tem sido, sobretudo em 2009 e 2010). Ou para prever que os juros iriam subir. Preferiu-se, em contrapartida, criticar os “bota-abaixistas” e essa opção custará anos de sofrimento económico ao país. Isto apesar de – é bom ter memória – também em Janeiro de 2009 a Standard and Poor’s ter baixado pela primeira vez orating da República na sequência da aprovação do orçamento demencial para esse ano, sinal de que não foi só em 2010 que “os mercados” começaram a castigar Portugal num “ataque especulativo ao euro”. Basta de propaganda e de falta de memória. Pelo que é bom não nos esquecermos mesmo disto tudo. Afinal de contas, as mentiras, mesmo quando repetidas muitas vezes, não se transformam em verdades.»

Comments

floribundus said…
tal como disse ao Amigo João Gonçalves
isto cheira a república de Weimar.

a 'iropa' será sempre uma manta de retalhos cada dia mais rota

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