NOTAS AO EXECUTIVO COELHIANO

Ainda estou no Brasil pelo que me é difícil uma observação mais afinada do Executivo Coelhiano, mas percebo desde logo que o atabalhoamento e a descoordenação ou são deliberadas, numa estratégia para graduar o doloroso das decisões, ou manifestam a velha permeabilidade aos habituais pressionadores de executivos, malha de chumbo composta pelos interesses instituídos e pelos especialistas em latrocínio ao erário, agora estudando fragilidades e tacteando terreno. A jovem ministra Assunção Cristas anunciou (de anúncios sobeja a política doméstica!) a decisão de acabar com a Parque Expo, mas Álvaro Santos Pereira reeditou o discurso velho ultradespesista sobre o cadáver TGV, enquanto Miguel Relvas, poderoso no PSD, expõe o flanco numa suposta intromissão na RTP, a propósito do lugar de correspondente em Washington. Acredito que as relíquias sistémicas do socratismo necessitam de tempo e habilidade para serem extirpadas, porque podem minar e destruir este Executivo alojadas que estão nos interstícios do Aparelho de Estado, mas os vícios socratistas não. Seria bom que a cumplicidade com o eleitorado não fosse rompida e que a despesa pública começasse a ser atacada onde é preciso, doa a quem doer. O registo do Governo PSD-PP espera-se seja o do despojamento do Estado e o da verdade aos portugueses. Não pode fraquejar.

Comments

floribundus said…
os benficas iam agora para o estádio
um deles, vinhateiro, ria-se do pessoal de 7 países que contratara para a vindima (portugueses não aceitaram)
'parece o benfica'
O Caramelo said…
Entretanto professor em fim de carreira, maioria que garante votos, é intocavel, os outros sujeitam-se.

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