CIRCO NA COVILHÃ
Não achei nada de especial o comportamento que ontem, na Covilhã, o ministro da Economia teve de aturar, quando pelo menos um sindicalista ardido se atirava de borco roçando o bojo em cima da limusina estatal. Revi-me no teatro do desespero, mas mesmo esse parece ter sido postiço e o meu, pessoal, não o é. Foi, portanto, mau teatro e muito isolado. Terão porventura ocorrido os crimes de ataque pessoal, sequestro e intimidação fisica, mas mesmo esses tiveram um ar manifestamente patético, paródico. Os dirigentes da União de Sindicatos nasceram amadores e assim envelheceram. É como se no fundo das suas consciências reconhecessem o quanto muito do que se muda e se agrava sobre quem trabalha não provém propriamente da sanha liberalizadora do Governo, não é o Governo a querer, mas o Mundo, sacana e re-esclavagista, é certo, a exigi-lo. Há, porém, Governos e Governos. Nem todos ousam instalar uma máquina de propaganda que trucida a verdade e, se puder, intimida os que se aprestam a protestar como ocorreu com os Governos filhos-da-putísticos, quando os professores eram moralmente guilhotinados [com o beneplácito fajuto de Cavaco, não se pode esquecer]. Não admira que, aqui e ali, perante a aludida pátina espessa de mentiras e saque, pessoas houvesse que zombassem de outras pessoas cujo crime era participarem em reuniões acéfalas e aclamativas de um Partido Socialista fascizado pela escória que o vulgarizou.
Comments
Tenho pena que se, graças aos protestos dos manifestantes, isto der a volta para melhor tu vás mamar.
Deixa-te andar a escovar este governo que vais ver como ficas magrinho, ou gordo, se conseguires o cartão laranja.
Aproveita esta boite que estão entretidos, rouba um barco na Afurada e vai com o caralho.