PASSOS É O REGIME EM DOCE PÓS-BILTRE
Pouco ou nada me move contra o modo de estar na política em Pedro Passos Coelho: os socratistas insultam-no de asno, estarola, intelectualmente indigente, portanto, elogiam-no, uma vez que qualquer rebaixamento partindo daquelas putas é recomendação e estima. Para mim, Passos é verde, mas é um português respeitável, tirando o azar de ser a mais recente emanação de um Regime asqueroso e putrescente que pôde segregar uma das mais negras e mais reles formas de exercer o poder, intrujando milhões de cidadãos, sabendo do abismo inexorável para que resvalava e fazia resvalar Portugal. Como foi possível termos como Primeiro-Ministro alguém conscientemente ladrão e obstinadamente ruinoso como talvez nunca alguém tenha alguma vez sido? Como é possível continuar protegido por um Procurador Geral da República Zero e um Presidente do Supremo Tribunal de Justiça Nulo? Isto vale todo um epitáfio. No meio deste lodo, Passos executa o cutelo das reformas e até o prestigia internacionalmente acabar de esfolar-nos para corrigir o rumo seguido no passado. Passar por sádico e acomodar todo o ónus da terapia, enquanto o supremo dissipador faz férias, obtém os elogios da Troyka, das agências de rating e dos mercados. Mas enquanto for possível que o País finja sossego perante os actos do tal inominável Filho da Puta em Paris, com o seu vinho tinto, o seu cigarro ocioso, biltre sempre de férias, biltre com os seus milhões ocultos comissionados por cada decisão maligna contra nós, Passos não passa de um cúmplice doce. Mais um. Bem pode elogiar a nossa paciência que a extrema desonestidade perpetrada pelo outro passa incólume, tal como a chantagem como forma de vida, tal como o logro monumental mediático, todo o cretino agir que originou os nossos problemas. Assaltar um Estado, deixar tudo de pernas para o ar, conspirar contra cada um de nós encostado às cordas de Fisco, Dívida e Desemprego tem sido uma festa para ladrões. Passos não vai hostilizar um tal passado necrófago, optimista, ratazana. Prefere ser doce. Prefere ser cúmplice.
Comments
Pedro Henriques
pach211@sapo.pt
Escreve sem rodriguinhos e chamando os bois pelos nomes.
Venho aqui todos os dias.
e não ser do ps ou outra esquerda
ninguém melhorou a agricultura e pescas 17 anos depois
a dívida pública era 10 vezes menor que actualmente
criou as tvs para dizerem mal dele